Os trabalhadores nos Correios em Mato Grosso realizaram nesta quarta-feira uma carreata pelas principais ruas e avenidas de Várzea Grande e Cuiabá. O ato foi em protesto à suspensão do acordo coletivo da categoria, definido pelo Supremo Tribunal Federal no último dia 21.
Na lista, dos direitos retirados estão: vale alimentação, vale cultura, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.
E, além disso, os trabalhadores sofrerão descontos na folha de pagamento já a partir deste mês de agosto apesar da empresa negar .
Greve nacional dos Correios
A categoria está em greve nacional desde o dia 18 de agosto contra a privatização da estatal e a derrubada do Acordo Coletivo 2019/2021 além de reivindicar melhores condições de saúde.
A concentração começou às 15 horas, no CTCE de Várzea Grande.
Em seguida a carreata saiu pelas ruas centrais de VG. Seguindo para Cuiabá indo para a unidade dos Correios no Coxipó.
A manifestação encerrou por volta de 18h45 no monumento Ulisses Guimarães.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares em Mato Grosso (Sintect-MT), Edmar Leite, disse que a greve será mantida, mesmo com o dissídio coletivo aberto no TST.
Segundo Leite, não dá para confiar na empresa. “Ano passado foi a mesma coisa. Foi assinado o Dissidio na mesa do TST e agora eles recorreram ao STF para derrubar”, disse.
“Sem acordo coletivo de trabalho, não dá para exercer as atividades porque houve uma perda de 60% no poder de compra de cada trabalhador com as cerca dos 70 direitos derrubados”, disse Edmar.