A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) apresentou uma proposta técnica para concessão do Parque Estadual das Águas Quentes. A segunda audiência pública ocorreu na quarta-feira (5). As considerações feitas serão analisadas para aprimoramento do projeto. A previsão é que o edital seja lançado ainda em 2020.
A proposta apresentada estima investimentos de R$ 17 milhões para realizar as melhorias na estrutura do Parque, com receitas operacionais anuais média de aproximadamente R$ 13,4 milhões. A modelagem econômica foi realizada levando-se em consideração a média da visitação atual do parque e taxa de ocupação observada no complexo hoteleiro nos últimos anos.
O objetivo é conceder à iniciativa privada o direito de explorar a Unidade de Conservação do Parque Estadual Águas Quentes, incluindo o complexo hoteleiro instalado na área, pelos próximos 30 anos.
A proposta para o Parque é um reposicionamento de negócio do complexo hoteleiro, ao mesmo tempo em que desenvolve um turismo responsável, proporcionando meios e estratégias para fortalecer a conservação e preservação da área.
O projeto busca enriquecer a experiência de visitação e conformar o Parque Águas Quentes como um atrativo singular na região.
Composto por uma área de 1500 hectares, o Parque foi a primeira unidade de conservação de Mato Grosso. A área abriga grande biodiversidade e protege as nascentes e fontes hidrotermais da Serra de São Vicente, em Santo Antônio de Leverger.
A previsão de retorno do investimento no projeto (payback) é no oitavo ano de vigência do contrato.
O modelo de concessão de unidades de conservação já é amplamente utilizado no Brasil, que conta com 97 iniciativas já identificadas em todo o território nacional, sendo que 15 dessas já se materializaram em contratos de concessão assinados, conforme dados fornecidos pela Radar PPP.
É o caso dos Parques Nacionais do Itatiaia (Rio de Janeiro), da Chapada dos Veadeiros (Goiás) e Marinho de Fernando de Noronha (Pernambuco), ambos sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Além de iniciativas estaduais e municipais, como Parque Capivari (estado de São Paulo) e o Parque do Ibirapuera (município de São Paulo).