A 4ª edição do Fórum Permanente das Instituições Públicas de Ensino Superior de Mato Grosso (IPES) reúne, em Cáceres, nesta sexta-feira (04.10), reitores e pró-reitores das universidades públicas para discutir e avaliar ações estratégicas nas áreas de ensino, pesquisa, extensão, internacionalização e assuntos estudantis, que possibilitem ampliar o atendimento às necessidades do estado.
O Fórum integra a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) e agora também a nova integrante, a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).
O representante da UFR, Ronei Coelho de Lima, gerente de Graduação e Extensão, apontou a possibilidade de aprendizado coletivo no espaço permanente de articulação entre as instituições públicas de ensino superior de Mato Grosso.
“A UFR é uma estrutura que surgiu da UFMT, utiliza-se das boas práticas da nossa instituição mãe e tem a oportunidade nesse fórum, participando das discussões, de conhecer as boas práticas da Unemat e do Instituto Federal. Podemos iniciar com pé direito no sentido de melhorar as condições neste período de dificuldades financeiras, de condições políticas diferenciadas, de autonomia relativizada em certos pontos e de muitas dificuldades”, afirmou Lima.
O reitor da Unemat, Rodrigo Zanin, anfitrião do evento, afirmou que as universidades públicas expandiram e avançaram na produção da ciência e tecnologia em respostas às questões regionais. Entretanto, agora é necessário medir e reafirmar o seu impacto social. “As instituições aqui presentes têm uma importância muito grande para o Estado. Estão espalhadas por toda a extensão territorial, atendendo às suas diversidades e especificidades. Somos mais do que ensino, somos também pesquisa, extensão e contribuímos com o desenvolvimento social nos locais mais longínquos”.
Nesse sentido, a reitora da UFMT, Myrian Serra, reforçou que o principal desafio da Educação Superior no cenário atual é reduzir as desigualdades sociais, e citou o Fórum como a oportunidade para discutir, localmente, a criação de indicadores sociais para as universidades públicas, temática que tem sido pauta em outras esferas. “O caminha para a redução das desigualdades passa pela Educação e letramento. Precisamos aliar fortemente a educação superior e a educação básica, temos que ter raízes com a população que depende da Educação, para que consigamos chegar a todos”, disse a reitora.
Em meio às reflexões sobre o papel das instituições de Ensino Superior, o reitor do Instituto Federal de Mato Grosso, IFMT, Willian Silva de Paula, destacou as possibilidades de crescimento com o trabalho articulador do Fórum.
“Para o Instituto Federal de Mato Grosso, participar deste fórum é momento de crescimento. Nesta quarta edição, estarmos juntos nesse município de Cáceres, é um momento de uma alegria muito grande, porque a gente fortalece a instituição estadual pública. Não ficamos restritos na esfera federal. Abraçamos e valorizamos todo o trabalho que temos para fazer nesse estado”.
O reitor do IFMT relembrou a contribuição dos ex-gestores José Bispo Barbosa (IFMT), Ana Di Renzo (Unemat) e Maria Lúcia (UFMT), unindo as instituições na proposição do Fórum.
Além dos citados, participou da abertura do Fórum o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), Adriano Silva. Ele trouxe a proposta de fortalecimento das fundações de amparo.
Sobre
O Fórum Permanente das Instituições Públicas de Educação Superior (IPES) foi criado em 3 de fevereiro de 2015, após aprovação pelos reitores e pró-reitores das três instituições públicas: Unemat, UFMT e IFMT, em encontro realizado na cidade universitária da Unemat, em Cáceres.
A partir da criação do Fórum, a primeira ação foi a entrega de uma carta para os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como para entidades representativas, como a Associação Mato-grossense dos Municípios (Amam) e Ministério Público Federal (MPF).
O documento apresentava a natureza social das instituições públicas de ensino, números dessas universidades, tanto em cursos como em alunos e pesquisas, as áreas em que elas poderiam contribuir com o desenvolvimento de Mato Grosso, além de cobrar o fortalecimento da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, assim como da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat).
Programação- Após abertura do evento, houve palestra “Mobilidade na Graduação”, com prof. Dr. Márcio Ronaldo Santos Fernandes (Unicentro).