Uma fiscalização flagrou 80 trabalhadores sem registro, 25 empregados de olarias em péssimas condições e afastou 17 crianças do trabalho infantil em Querência e Confresa (1.150 km de Cuiabá). A estimativa de valores de INSS e FGTS não recolhidos é de R$ 40 mil. A ação dos Auditores-Fiscais do Trabalho (AFTs) de Mato Grosso vem sendo feita na região do Alto Araguaia.
O AFT Geraldo Fontana Filho explica que 93% dos empregadores notificados apresentaram problemas de falta de registro de empregados, sendo 60 no comércio em geral e 20 no meio rural. “A informalidade tem como consequência a sonegação de contribuições previdenciárias, não recolhimento do FGTS e fragilização do trabalho”, pontua.
Todas as olarias de Confresa foram fiscalizadas, onde foram encontrados 25 trabalhadores na informalidade, sem condições de segurança e saúde, sem Equipamento de Proteção Individual (EPI), água e sem condições sanitárias.
“Ha mais de 20 anos na inspeção do trabalho e ainda me impressiono com as condições de trabalho que ainda são submetidos os trabalhadores. O desejo é que o estado brasileiro tivesse mais Auditores e que pudéssemos estar onde esses trabalhadores mais precisam”, desabafa o AFT Valdiney de Arruda, que também atua no operativo.
Em Querência, foram detectados menores vendendo picolés no comércio ambulante, sendo três crianças e três adolescentes, totalizando 17 casos de trabalho infantil, sendo que todos foram afastados.
“Ação atingiu 90% dos lava jatos e comércio e em Querência com foco no trabalho infantil. A fiscalização vai se tornar mais presente na região muito”, avisa Valdiney de Arruda.