O número de latrocínios, roubo seguido de morte, em Cuiabá e Várzea Grande entre janeiro e setembro deste ano dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (Gerie).
Entre os dias 1º de janeiro deste ano foram registrados 10 latrocínios nas duas maiores cidades de Mato Grosso. No mesmo período do ano passado, foram 5 casos.
Em 2019, Cuiabá teve dois casos no mês de janeiro, um caso em março e um caso em julho. Já em Várzea Grande foi registrado um caso de latrocínio em janeiro deste ano, dois casos em março, dois casos em junho e um caso em julho.
Em Cuiabá, um dos casos que mais repercutiu foi o latrocínio de Carlos Lemes Vieira, de 66 anos, que foi assassinado e teve o carro levado por ladrões em julho.
Ele chegou a ser levado para uma unidade hospitalar por testemunhas, mas não resistiu aos ferimentos.
A vítima tinha saído para entregar uma encomenda no mesmo bairro em que morava, quando foi abordada por três criminosos, que anunciaram o roubo.
Ao retirarem o idoso de dentro do veículo, dispararam contra ele.
Carlos Lemes foi socorrido ao Pronto-Socorro de Cuiabá, onde não resistiu aos ferimentos e morreu.
Já em Várzea Grande um dos casos registrados foi o da morte da servidora pública Sandra Regina de Siqueira Travaina, de 48 anos, em julho deste ano.
André Luiz Gomes confessou ter atirado na servidora após se assustar por ela ter buzinado ao ser abordada pelos suspeitos no carro que dirigia quando chegava em casa, no Bairro Nova Várzea Grande.
Um dos suspeitos disse à Polícia Civil que o grupo tinha informações de que na casa da servidora tinha dinheiro e joias. Ele afirmou que a intenção era apenas roubar e disse que só atirou porque ela buzinou, alertando o marido que estava dentro do imóvel.
A Polícia Civil também apurou que o grupo sabia da rotina da família e ficou por aproximadamente 3 horas aguardando a oportunidade de enquadrar as vítimas, dentro de uma casa desocupada, que fica em frente a residência da vítima.