Um relatório divulgado pelos Ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE) revelou que as mulheres em Mato Grosso enfrentam uma disparidade salarial significativa em relação aos homens, recebendo 31,4% a menos em média. Este dado coloca o estado como o quarto com maior desigualdade salarial no Brasil, seguindo o Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
A pesquisa, que contou com a participação de 837 empresas mato-grossenses e englobou 229.467 empregados, destacou que a diferença salarial entre os gêneros varia de acordo com o tipo de ocupação. Por exemplo, em cargos de dirigentes e gerentes, essa disparidade chega a 32,4%.
Além disso, o relatório ressaltou que as mulheres negras enfrentam uma dupla discriminação, sendo maioria no mercado de trabalho no estado, mas recebendo menos do que as mulheres brancas. Os números também revelaram que homens negros ganham menos do que homens não negros.
Os dados salariais médios apresentados pelo relatório são os seguintes:
- Remuneração média da mulher negra: R$ 2.497,20
- Remuneração média da mulher não negra: R$ 3.180,62
- Remuneração média dos homens negros: R$ 3.891,02
- Remuneração média dos homens não negros: R$ 4.218,34
Esses números destacam a necessidade de medidas efetivas para reduzir a disparidade salarial de gênero e étnica no estado de Mato Grosso.