Um medicamento muito difundido na internet como cura milagrosa para o coronavírus, e utilizado até pelo governador do Estado, Mauro Mendes (DEM), em seu tratamento, a ivermectina é a nova febre dos cuiabanos. A procura incomum pelo vermífugo tem deixado as farmácias da Capital desabastecidas, o que fez com que os estabelecimentos limitassem o número de compra para duas caixas por pessoa.
Na quinta-feira (13), nenhuma farmácia na região central, na avenida do CPA, a avenida Fernando Corrêa e no bairro Jardim Cuiabá tinha o medicamento em estoque.
Das 15 farmácias levantadas, 10 informaram que havia previsão de que o medicamento chegasse até este final de semana (20-21), as outras cinco tinham expectativas para a próxima semana. É o comum na maioria dos estabelecimentos a limitação de compra, devido à alta procura e a baixa oferta.
Uma funcionária explicou que até o momento a ivermectina, que geralmente é usada para tratar piolho e vermes, está sendo vendida sem receita, mas que existe a possibilidade de que passe ser exigida. Tudo isso se deve ao fato que enfermos, que receberam receitas médicas, não têm encontrado o medicamento para o seu tratamento. Além disso, ela contou que o estoque dura cerca de horas, no máximo um dia.
Vale ressaltar que não há estudos científicos que comprovem os benefícios da ivermectina no combate ao coronavírus em humanos. O que existe é uma pesquisa in vitro, em fase inicial, que apontou alguns resultados positivos na contenção do avanço e replicação do vírus. O Biomedicine Discovery Institute (BDI), que fica em Melbourne, na Austrália, responsável pela pesquisa, ainda não realizou teste em humanos.