“Nós tomamos medidas pensadas. Vamos construir novos leitos em hospitais. Para depois a população continuar contando com esse serviço”. A explicação é do governador Mauro Mendes (DEM), que esclareceu via redes sociais o motivo de não construir leitos para tratamento da pandemia do coronavírus na Arena Pantanal ou Centro de Eventos do Pantanal, seguindo exemplos de outros estados.
Para o governador, não é necessário fazer isso em tão pouco tempo e depois ter que
“levantar acampamento” e perder tudo. “Muitos me perguntaram e até orientaram sobre fazer UTI e leitos na Arena Pantanal ou outros espaços. Gente, levaria muito mais tempo e depois perderia tudo. Construindo em um hospital, como nós estamos fazendo, vamos deixar um legado para a população”, explicou o governador.
Mendes ainda cita exemplos que uma construção emergencial de leitos embaixo de lonas levaria muito mais tempo, porque em espaços que não são hospitalares, não existe um local adequado com materiais auxiliares.
“Você constrói uma tenda, vai ter um preço muito alto, e depois vai perder tudo. No estádio não tem farmácia, não tem equipamento de raios-x, central de oxigêneo. Então, tudo isso custaria muito mais caro, levaria muito mais tempo e depois perderia tudo. Por isso, estamos levando investimento para um hospital, que hoje tem 60 leitos e passará 200 leitos que a população poderá usar depois”, detalhou o governador.
Os 200 novos leitos, citados pelo governador, será no Hospital Metropolitano, instalado em Várzea Grande. Ao todo, a unidade ficará com 260 leitos, já que atualmente o local conta com outros 60 leitos.
A construção será em tempo recorde, sendo que na próxima semana já poderá receber pacientes detectados com coronavírus. A unidade será referência no tratamento da pandemia, em Mato Grosso.
Em São Paulo, por exemplo, o governador João Dória (PSDB) está preparando o estádio do Pacaembu para receber pacientes com Covid-19. Por conta dessa intervenção, que o governador Mauro Mendes foi questionado, porém, em acerto com a Secretaria de Saúde, ficou decidido que os investimentos na região metropolitana seria no Hospital de Várzea Grande.