Colniza, no noroeste mato-grossense (1.022 quilômetros de Cuiabá), comemora seu 22º ano de emancipação administrativa nesta quinta-feira (26.11), com parcerias do Governo do Estado em infraestrutura, saúde e agricultura familiar. A cidade conta com 39.861 mil habitantes.
Por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), foi assinado um convênio com o município para a construção de uma ponte de madeira, com 40 metros de extensão, na MT-206. O investimento será de R$ 403 mil.
Beneficiada pelo Programa Mato Grosso Produtivo Café, a agricultura familiar municipal conseguiu melhorar sua produtividade por hectare – saltou de pouco mais de 20 sacas na safra passada para 114 sacas na atual. Colniza responde por mais da metade do café de Mato Grosso. Na safra de 2019, segundo o IBGE, foi o primeiro do ranking estadual de produção.
Foram enviados ao município 3. 275 mil testes rápidos para detecção do coronavírus e medicamentos para combatê-lo. São 141.210 mil comprimidos, entre azitromicina (17.362), ivermectina (13.889) e dipirona (109.959), também em gotas (2.701 frascos).
Entre janeiro e setembro deste ano, o Governo do Estado repassou R$ 14,67 milhões aos cofres municipais em ICMS, IPVA e Fethab, além de R$ 2,98 milhões em assistência social, transporte escolar e convênios na área de saúde, entre 2019 e julho de 2020.
Economia
A administração pública, com R$ 189,78 milhões, e serviços (R$ 134,88 milhões) são os principais responsáveis pelo PIB (Produto Interno Bruto, de 2017) municipal de R$ 528,69 milhões, respondendo por 61,4% deste total. Indústria (R$ 103 milhões), agropecuária (R$ 60,3 milhões) e impostos (R$ 40,63 milhões) fecham a conta. O PIB per capita é de R$ 14.620,57.
Com uma agricultura diversificada, Colniza tem boa performance no ranking mato-grossense. Pelos dados de 2019, do IBGE, é o primeiro na produção de café e cacau, segundo na produção de mandioca, quarto na produção de castanha do Brasil, sexto na produção de laranja e melancia, e décimo na produção de banana.
Produz ainda limão, mamão, maracujá, pimenta do reino e urucum, em lavoura permanente; arroz, cana de açúcar, feijão, milho e tomate, em lavoura temporária; castanha do Brasil, borracha, óleo de copaíba, carvão vegetal, lenha e madeira, na extração vegetal.
Segundo dados do IBGE, de 2019, sua pecuária é formada por piscicultura. São 160 toneladas entre pintado, tambacu e tambaqui. O rebanho bovino conta com 642,7 mil cabeças, das quais 8,4 mil vacas ordenhadas, com 11,4 milhões de litros de leite. A criação de aves soma 150,5 mil galinhas, além de 620 mil dúzias de ovos. O rebanho suíno contabiliza 12,49 mil cabeças, das quais 3.227 matrizes.
História
Cidade projetada, os primeiros povos a habitar a região foram seringueiros e ribeirinhos, chamados “beiradeiros” por viverem às margens do rio Roosevelt. Em 1986, com abertura das primeiras estradas e as primeiras ruas, em meio à mata amazônica, Colniza começava a sair do papel. Por um bom período, garimpos mantiveram a economia local.
Em 1991, famílias de agricultores gaúchos foram assentadas na região. Por dificuldades de adaptação, poucas permaneceram. A partir de 1994, um novo fluxo de imigração, desta vez, vindo de Rondônia, se apropriou das terras devolutas ainda existentes em assentamentos. Neste mesmo ano, o distrito de Colniza foi criado.
Em 26 de novembro de 1998, foi elevado a município, desmembrado de Aripuanã. Entre 2010 e 2020, a população cresceu 50%, saltando de 26.381 para 36.861 habitantes.
Com extensão territorial de 27,946 mil km2, superior a de Alagoas e Sergipe, sua densidade demográfica, que em 2010 era de 0,94 habitantes por quilômetro quadrado, saltou para 1,43 habitantes em 2020.