Agressões físicas, violência psicológica, sexual, moral e até restrição ao patrimônio particular. A lista que define os tipos de violências contra a mulher é extensa, assim como as sequelas deixadas pelo agressor.
Para ampliar o debate em torno do tema, a Biblioteca Municipal Monteiro Lobato sediará nesta sexta-feira (4) o ciclo de palestras; Combate à Violência Doméstica.
Promovido pela FGM Produções, com apoio da Administração Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo e Juventude (SEMCULTJ), o evento está inserido na Campanha Agosto Lilás – criada em alusão a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), sancionada em agosto de 2006.
“Nosso intuito é alertar a sociedade sobre a importância de mantermos esse assunto em evidência, discutindo formas de prevenção seja por meio de políticas públicas ou reforçando o laço entre as mulheres que conviveram em situação semelhante”, explica o produtor cultural, Daniel Henrique de Souza.
A abertura do evento está programada para às 19h com a apresentação da peça “Café com Dores”, contracenada pelo grupo teatral Quimera.
Em seguida, a secretária de Assistência Social e primeira-dama do Município, Jucélia Ferro, apresentará um balanço das ações desenvolvidas pela pasta, e que tem por objetivo assegurar atendimento célere a crianças, adolescentes, idosos e mulheres vítimas de violência no contexto familiar.
Já a assistente social Marlene Lorenz Holzbach, abordará o fluxograma referente aos atendimentos realizados no período que compreende 2022 e o primeiro semestre deste ano.
O evento segue com a Roda de Debates e a exposição de recursos investidos em Sorriso.
“Antes de 2018 Sorriso não dispunha de um atendimento especializado voltado as mulheres vítimas de violência. Diante disso, buscamos a implantação do Núcleo de Atendimento à mulher na delegacia de Polícia de Sorriso. Posteriormente, buscamos junto ao Poder Judiciário e demais instituições a criação da rede unificada de enfrentamento à violência”, relembrou a secretária municipal de Assistência Social, Jucélia Ferro.
Segundo a gestora, à época, a pasta identificou que a maioria das vítimas eram financeiramente dependente dos agressores. Diante disso, surgiu o acolhimento institucional para mulheres vítimas de violência ou, como é carinhosamente chamado, o “abrigo da mulher”.
Trata-se de um imóvel destinado para o acolhimento de mulheres vítimas de violência, assim como de seus filhos e dependentes.
No local, além de abrigo, vestuário e alimentação, elas ainda recebem encaminhamentos para a rede de serviços que incluem o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), unidades básicas de saúde, acompanhamento para realização de exames de corpo de delito, orientações jurídicas, transporte, qualificação profissional, entre outros.
“Antigamente não existia um serviço de proteção ao público feminino. Hoje, a Administração Municipal prioriza os dados extraídos das denúncias para definir diretrizes e ampliar, ainda mais, nossa rede de proteção. Sinto-me honrada pelo convite e pela oportunidade de falar que estamos aqui para protegê-las e ampará-las”, conclui Jucélia.