Um levantamento prévio realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apontou que, pelo menos, mil bolsas de pós-graduação geridas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foram cortadas após o bloqueio de 30% no orçamento da instituição.
A suspensão no concessão das bolsas é apontado pela reitora Myrian Serra como reflexo do corte de gastos decretado pelo governo federal.
A decisão impede que novos candidatos recebam bolsas que tinham verba já liberadas e previstas para 2019. Segundo a Capes, o bloqueio não atinge estudantes cujos mestrados e doutorados estão em andamento.
O valor mensal por estudante é de R$ 1,5 mil no mestrado e R$ 2,2 mil no doutorado.
Para receber a bolsa, os pós-graduandos não podem ter vínculos empregatícios, tendo em vista a integralidade dos cursos. Na UFMT, a aulas da pós-graduação tiveram início em março.
“As pessoas que entraram para a pós-graduação estavam na expectativa de ter uma bolsa e agora não vão ter mais. A lógica é perversa, porque se oferece as vagas com a garantia da bolsa e quando o aluno chega não tem. Isso vai gerar um impacto muito grande”, afirmou Myrian Serra.