Como retomar o crescimento da produção de pescado em Mato Grosso? Essa foi a principal questão discutida na última reunião do ano da Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa, realizada nesta terça-feira (16), com foco no fortalecimento da piscicultura.
A Comissão de Agropecuária, Desenvolvimento Florestal e Agrário e de Regularização Fundiária da ALMT analisou propostas voltadas à reorganização da cadeia produtiva do pescado em Mato Grosso, com atenção especial à região da Baixada Cuiabana. O encontro buscou soluções para estimular a atividade e ampliar oportunidades para produtores familiares.
Instituto da Piscicultura é apresentado
Entre os principais encaminhamentos esteve a apresentação do Instituto da Piscicultura de Mato Grosso (IPMAT). A proposta prevê atuação integrada com universidades e instituições técnicas para fortalecer cooperativas existentes e incentivar a criação de novas organizações regionais.
Também foi detalhado o plano de trabalho para estruturar a Cooperativa Regional da Baixada Cuiabana, incluindo um diagnóstico técnico da piscicultura local, etapa considerada essencial para orientar políticas públicas.
Potencial produtivo e entraves legais
Durante a reunião, parlamentares ressaltaram que o estado reúne condições naturais favoráveis à piscicultura, como abundância de recursos hídricos. No entanto, mudanças legais ocorridas a partir de 2013 impactaram diretamente a comercialização do pescado e reduziram a competitividade do setor.
A avaliação é de que a reorganização da cadeia produtiva, com apoio às cooperativas, regularização sanitária e estímulo à produção de alevinos, ração e processamento, pode recolocar a piscicultura mato-grossense em posição de destaque no cenário nacional.
Articulação para retomada do setor
Representantes do governo estadual e municipal destacaram que o objetivo é identificar gargalos técnicos e legais, além de construir soluções viáveis de forma participativa. Caso sejam necessários ajustes normativos, eles deverão ser debatidos com os produtores para garantir regras aplicáveis à realidade do campo.
Segundo a proposta apresentada, o IPMAT também deverá concentrar dados, organizar demandas do setor e colaborar na elaboração de um plano diretor estadual da piscicultura, reduzindo burocracias e ampliando a escala produtiva.
Próximos passos
A comissão avaliou que a integração entre Assembleia Legislativa, governo do Estado, municípios, instituições técnicas e produtores será decisiva para a retomada sustentável da piscicultura, com geração de renda e inclusão de pequenos produtores.
O tema seguirá em pauta no próximo ano. O que você espera dessas medidas para o setor? Comente sua opinião!



















