A primeira cachorra resgatada na BR-163, após firmada a parceria entre a Rota do Oeste e o Projeto Luta e União de Amigos para Animais em Risco (Projeto Lunaar) de Cuiabá, ganhou novos donos. A família estava em busca de uma companhia para a cadela que já tinha, e em um pouco mais de um mês a Ruth já estava no novo lar.
A adotante, Vânia da Silva Oliveira, mora na zona rural e considera a parceria uma forma de ajudar animais que precisam de amparo. Para ela é importante ter quem resgate e leve para tratamento. “Melhor ainda, é que eles podem se recuperar em um abrigo e têm a chance de encontrar uma família”. A escolha aconteceu porque a Ruth tem um problema na pata. Silva acredita que este seria um motivo para que as pessoas rejeitassem a cadela.
O gerente de Sustentabilidade da Rota do Oeste, Wilmar Manzi, conta que esta foi a primeira adoção de um animal resgatado pela equipe, depois do início da parceria com o Projeto Lunaar, e espera o mesmo desfecho com todos. “O resgate é o início da nossa preocupação com a causa. Retiramos da BR-163, para que não corram risco, mas desde sempre nos preocupamos com as demais etapas do processo, como a recuperação e adoção”.
Carla Fahima, membro da diretoria do Lunaar, explica que a procura por animais aumentou durante a pandemia. “Hoje o Projeto tem ao todo, 80 gatos e cerca de 10 cachorros, mas a rotatividade foi grande nos últimos meses e eles têm ficado nos abrigos apenas durante o tempo de recuperação, logo são adotados. É ótimo, pois significa que o mesmo irá acontecer com aqueles que forem resgatados pela Rota”.
A nova dona conta também que, ao chegar no sítio, a cachorra estava agitada e não permitia ser retirada da caixa de transporte. Depois de algumas horas ela saiu por conta própria e começou a conhecer o ambiente. Fahima explica que existe um período de adaptação entre os dois locais. “Primeiro, eles se acostumam com o lar temporário, depois que vão para a casa definitiva, podem sim ficar um pouco ariscos ou bravos, mas dura apenas o tempo de adaptação”. Ao chegar no abrigo, Ruth também apresentava bastante agressividade. Segundo ela, é normal que eles fiquem assim quando passam por algum trauma.
Sobre a parceria
Manzi explica que a empresa resgata os animais que são localizados às margens da rodovia, em todo o trecho sob concessão (que vai de Itiquira a Sinop) e os direciona para tratamento em clínicas veterinárias. Assim, podem se recuperar de ferimentos ou até mesmo de uma possível doença. “A parceria é uma melhoria no procedimento, porque após este processo, o Projeto Lunaar vai oferecer moradia para que eles aguardem a adoção”. A empresa também irá fornecer apoio nos custos de tratamento dos animais resgatados pelo próprio Projeto.
Fahima acredita que a atitude da Concessionária irá possibilitar que muitos animais ganhem os cuidados necessários. “O Projeto sobrevive de doação e é muito importante que tenhamos apoio. A gente sabe que os animais ficam receosos depois do resgate, o lar temporário é o local de recuperação e a primeira adaptação”, completa.
Como adotar
Os interessados em adotar um animal resgatado pela Rota do Oeste e também pelo Projeto Lunaar, podem acessar as redes sociais buscando por @projetolunaar no Facebook ou no Instagram.