Com a expansão da Copa do Mundo para 48 seleções, a edição de 2026 — que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México — marcará a estreia histórica de várias equipes no maior torneio de futebol do planeta. Embora gigantes como o Brasil tenham participado de todas as edições, 132 das 211 federações filiadas à Fifa jamais jogaram um Mundial.
A seguir, confira quem alcançou essa façanha pela primeira vez.
Cabo Verde — o arquipélago de 600 mil habitantes que alcançou o impossível
Com população menor que a de muitas cidades brasileiras, Cabo Verde se tornou o segundo menor país da história a se classificar para um Mundial — recorde que durou pouco devido à classificação de Curaçao.
A seleção cabo-verdiana confirmou vaga ao vencer Eswatini e coroou um avanço esportivo iniciado há 40 anos, quando disputou as Eliminatórias pela primeira vez.
Um dos símbolos desse crescimento é Roberto Lopes, defensor do Shamrock Rovers. Nascido na Irlanda, ele foi “descoberto” por Cabo Verde via LinkedIn e reforça a estratégia do país de convocar atletas com ascendência cabo-verdiana espalhados pelo mundo.
Curaçao — a menor seleção da história a disputar uma Copa
Com pouco mais de 150 mil habitantes, a ilha caribenha de Curaçao quebrou o recorde de menor nação a ir a uma Copa, superando a Islândia (2018). A vaga veio após empate da Jamaica de Steve McClaren — o que impediu o país caribenho de voltar ao Mundial após 1998.
Mesmo sem viajar ao jogo decisivo por motivos pessoais, o técnico Dick Advocaat, 78 anos, fará história como o treinador mais velho a comandar uma seleção em Copas, superando Otto Rehhagel (71 anos, Grécia, 2010).
Curaçao, que só se tornou país autônomo em 2010, saltou de 150º para 82º no ranking da Fifa em apenas uma década.
Jordânia — estreia após 40 anos tentando
A Jordânia chegou pela primeira vez a um Mundial após terminar em segundo lugar no Grupo B das Eliminatórias Asiáticas, atrás da Coreia do Sul.
A caminhada jordaniana inclui momentos curiosos, como a passagem de Harry Redknapp, ídolo do futebol inglês, que treinou o país em 2016 por dois jogos — com vitória por 8 a 0 contra Bangladesh e derrota por 5 a 1 para a Austrália.
Uzbequistão — finalmente na Copa após bater na trave várias vezes
O Uzbequistão é uma das seleções asiáticas mais tradicionais fora dos grandes holofotes e, após campanhas frustradas em 2006 e 2014, enfim conquistou a vaga.
A equipe conta com talentos promissores, como o defensor Abdukodir Khusanov, do Manchester City — o primeiro uzbeque a atuar na Premier League.
Quem ainda pode estrear na Copa de 2026?
Suriname — perto da vaga histórica
Mesmo liderando boa parte do seu grupo nas Eliminatórias da Concacaf, o Suriname perdeu a vaga direta após derrota para a Guatemala, que foi superada pelo Panamá.
Ainda assim, o país tem uma nova chance no play-off intercontinental, que será disputado em março. Caso se classifique, será a nação de menor ranking a disputar uma Copa: hoje ocupa a 123ª posição.
Nova Caledônia — o outsider da Oceania
Também no play-off, a Nova Caledônia é território francês do Pacífico Sul com população de cerca de 300 mil habitantes. A equipe é formada majoritariamente por jogadores semiprofissionais da liga local, além de alguns atletas que atuam em divisões inferiores da França.
