A 5ª edição do Festival de Cultura em Direitos Humanos começa nesta terça-feira (25) em São Paulo, com uma programação gratuita distribuída por diversos centros culturais. A abertura ocorre na Reserva Cultural, às 20h, com a exibição do longa Alma Negra, do Quilombo ao Baile, dirigido por Flavio Frederico.
O filme, ainda inédito no circuito comercial, destaca o protagonismo de intelectuais negras desde os anos 1970, entre elas Beatriz Nascimento, Lélia González e Edneia Gonçalves. As atividades seguem até 12 de dezembro no Centro Cultural São Paulo, Cinemateca Brasileira, Galpão Cultural Elza Soares, Espaço Petrobras de Cinema e Reserva Cultural, além da plataforma CultSP Play. A agenda inclui longas e curtas, apresentações musicais, teatro, debates e um almoço seguido de festa no Galpão.
O festival presta homenagem aos 50 anos do assassinato de Vladimir Herzog, ocorrido durante a ditadura militar, com um ciclo de documentários sobre sua trajetória. Entre os títulos está A Vida de Vlado – 50 Anos do Caso Herzog, de Simão Scholz, que reúne depoimentos de familiares, jornalistas e amigos. A obra revisita o percurso de Clarice Herzog na busca por responsabilização dos envolvidos no crime.
Memória, Terra e Liberdade
Com o tema “Memória, Terra e Liberdade”, o festival promove um debate com o ambientalista e escritor Malcom Ferdinand e a ativista indígena guarani Geni Nunez. O encontro será realizado na quinta-feira (27), às 19h30, no Centro Cultural São Paulo.
Em nota, os organizadores destacam que memória, terra e liberdade são elementos que atravessam tanto a história quanto as lutas contemporâneas. O evento também marca a primeira entrega do Prêmio Marimbás, que reconhece trajetórias ligadas aos direitos humanos. Os homenageados serão o fotógrafo Sebastião Salgado, in memoriam, e a atriz e cantora Zezé Motta, que fará um pocket show após a cerimônia.
O troféu do prêmio foi criado pela desenhista e cartunista Laerte, em referência ao documentário Marimbás, dirigido por Vladimir Herzog. No Galpão Cultural Elza Soares, o sábado (29) contará com almoço da Cozinha Escola Dona Ilda, festa Discopédia e apresentação de Leci Brandão, que revisita temas marcados pela luta do povo negro e das mulheres.
A programação desta edição incorpora também espetáculos teatrais. O Grupo Pano apresenta a peça musical Cerrado!, indicada ao Prêmio Shell 2025, na quarta-feira (26), às 19h, no Espaço Ademar Guerra, utilizando o realismo fantástico e o teatro do absurdo para abordar efeitos do colonialismo na América Latina.
Com mais de 20 produções, a mostra de filmes traz obras recentes de diretores como Aurélio Michiles, Evaldo Mocarzel, Joel Zito Araújo, Tainá Müller e uma série dirigida por Caru Alves de Souza.





















