Produtos de limpeza sobem três vezes mais que a inflação em junho

Fonte: R7

gloves 4017614 1920

A inflação alta não dá trégua ao consumidor brasileiro. Até deixar a casa e as roupas limpas e cheirosas está mais caro, segundo dados de junho do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Enquanto a variação geral de preços no mês ficou em 0,67%, a alta dos produtos de limpeza foi de 2,03%, três vezes maior, conforme aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Todos os produtos usados para limpar a casa e lavar louças e roupas tiveram aumento no índice, tanto no levantamento mensal quanto nas comparações no ano e nos últimos 12 meses. A água sanitária, por exemplo, subiu 2,07% na passagem de maio para junho e acumula aumento de 6,95% desde o início de 2022, mas a inflação do período foi de 5,49%. Em um ano, o preço subiu 9,98%.

O custo do desinfetante teve comportamento similar ao da água sanitária: subiu 2,17% em junho, 7,04% no ano e 9,4% em 12 meses. A esponja é o produto que teve o maior aumento em um ano, 17,14%, período em que a inflação acumulada foi de 11,8%. Considerando apenas os meses de 2022, a elevação do preço foi de 7,86% e, no último mês, 1,17%.

Para tentar economizar, uma dica é trocar o item que encareceu por outro semelhante, mas de uma marca mais barata. “A noção de limpeza é muito pessoal, depende da percepção de cada um, mas sempre é possível mudar o produto, experimentar um ‘genérico’, mais simples”, ensina Liao Yu Chieh, educador financeiro do C6 Bank.

Sobre as receitas de limpadores caseiros, feitos com vinagre, limão e bicarbonato de sódio, encontradas na internet e redes sociais, ele diz não ser contra: “Se funcionar e a troca compensar, está bom, não vejo problema”.

Roupa e louça

O sabão em pó foi o item que teve o maior aumento, 2,51% em junho e 18,8% em 12 meses. A alta no acumulado do ano, de 13,41%, corresponde a quase duas vezes e meia a inflação do período (5,49%). No mesmo intervalo, a categoria amaciante/alvejante subiu 9,27%.

O preço do detergente também subiu bastante: 8,52% no ano. Entre maio e junho, a variação foi de 2,1% e, no ano, o aumentou atingiu 13,51%. Outro conselho do professor Liao para gastar menos é pesquisar ofertas e, ao encontrar um bom valor, se for possível, comprar mais do que é necessário para a semana ou mês. “Não vale a pena deixar o dinheiro do salário parado na conta enquanto tudo está subindo”, finaliza.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).