O mercado de trabalho brasileiro demonstra sinais robustos de recuperação. A taxa de desemprego atingiu 6,9% no trimestre encerrado em junho, o menor nível desde 2014, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (31). A notícia coincide com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que registrou um saldo positivo de 201.705 empregos em junho, impulsionado principalmente pelo setor privado.
A queda do desemprego e a criação de empregos são resultados de um conjunto de fatores, como a retomada da atividade econômica, a implementação de medidas governamentais de apoio ao mercado de trabalho e a flexibilização das leis trabalhistas. O setor de serviços, em especial, tem se destacado na geração de vagas, impulsionado pela reabertura do comércio e a retomada do consumo.
A população ocupada atingiu 101,8 milhões de pessoas, o maior nível já registrado. O número de empregados no setor privado também bateu recorde, com 52,2 milhões de trabalhadores, sendo 38,4 milhões com carteira assinada e 13,8 milhões sem carteira.
A pesquisa do IBGE também mostrou uma redução significativa na população desalentada, ou seja, aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego. Esse número caiu 9,6% no trimestre, para 3,3 milhões de pessoas.
Apesar dos resultados positivos, o mercado de trabalho ainda enfrenta desafios. A informalidade continua sendo um problema, com milhões de trabalhadores sem carteira assinada e sem acesso a direitos trabalhistas. Além disso, a desigualdade de renda e a concentração de renda em algumas regiões do país persistem.
Economistas consultados avaliam que a tendência é de manutenção da recuperação do mercado de trabalho, com gradual redução da taxa de desemprego e criação de novas vagas. No entanto, a incerteza em relação ao cenário econômico global e as eleições presidenciais de 2024 podem influenciar o ritmo da recuperação.