Entre julho e agosto, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em quatro estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas : Bahia, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em três estados da região Norte, a seca ficou mais intensa no período: Amazonas, Pará e Rondônia. A seca ficou estável em termos de severidade em 15 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O Paraná se manteve livre do fenômeno, enquanto o Distrito Federal e o Rio de Janeiro deixaram de registrar seca em agosto.
Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sudeste registrou a melhor condição, apresentando seca moderada em 5% de seu território em agosto. O Centro-Oeste teve a maior intensidade do fenômeno com o registro de seca extrema em 1% da região. Já o maior percentual de área com seca no último mês foi registrado no Nordeste: 72%. No Sul houve o menor percentual de área com o fenômeno em agosto: 29%.
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Na comparação entre julho e agosto, seis estados tiveram uma diminuição da área com seca: Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins. Nos casos do Distrito Federal e do Rio de Janeiro o fenômeno deixou de ser registrado, sendo que o Paraná se manteve livre de seca entre julho e agosto. Em outros 14 estados houve aumento da área com seca: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe. As áreas com seca se mantiveram estáveis em agosto em duas unidades da Federação: Mato Grosso e São Paulo.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE , SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Nenhuma unidade da Federação registrou seca em 100% de seu território em agosto. Nas 25 unidades da Federação monitoradas, os percentuais variaram de 0% a 95%.
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As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de julho, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No total, entre julho e agosto, a área com o fenômeno aumentou de 5 milhões de quilômetros quadrados para 5,2 milhões de km², o equivalente a 61% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Situação por UF
UF
ÁREA
SEVERIDADE DA SECA
Acre
A área total com seca no Acre aumentou de 63% para 64% do estado entre julho e agosto. É a maior área com seca no território acreano desde os 100% registrados em fevereiro de 2023
Em termos de severidade, o fenômeno se manteve estável no Acre entre maio e agosto. Nesse período a seca grave permaneceu presente em 2% do estado e a seca moderada foi registra em outros 23%. As demais áreas com o fenômeno tiveram seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor
Alagoas
Entre julho e agosto, a área com seca em Alagoas aumentou de 11% para 31% do estado. É a maior área com o fenômeno no estado desde abril de 2023: 33%. Por outro lado, é o menor percentual de área com seca entre os estados do Nordeste em agosto
Estabilidade da severidade da seca em Alagoas entre janeiro e agosto somente com o registro de seca fraca no estado, que é o grau mais brando do fenômeno na escala do Monitor. Alagoas também apresentou a condição mais branda de seca no Nordeste em agosto
Amazonas
Aumento da área com seca de 72% para 75% do Amazonas entre julho e agosto. É a maior área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em dezembro de 2022
Entre julho e agosto, houve a intensificação da seca no Amazonas com o avanço da seca moderada de 10% para 17% do território amazonense. É a condição mais severa no estado desde abril deste ano, quando houve seca grave em 3% do Amazonas
Bahia
A área com seca aumentou de 89% para 90% da Bahia entre julho e agosto. Esta é a maior área com o fenômeno no estado desde novembro de 2021: 98%
O fenômeno se abrandou no estado com o recuo da seca moderada de 27% para 21% da Bahia entre julho e agosto. Esta é a condição menos severa do fenômeno no território baiano desde maio de 2023, quando houve seca moderada em 13% do estado. Por outro lado, é a maior severidade do fenômeno no Nordeste em agosto
Ceará
O Ceará registrou o aumento da área com seca de 34% para 36% do estado entre julho e agosto. É a maior área com seca no território cearense desde setembro de 2022, quando o fenômeno foi registrado em 38% do estado
A severidade da seca se manteve estável no Ceará entre julho e agosto somente com o registro de seca fraca no estado, que é o grau mais brando do fenômeno na escala do Monitor
Distrito Federal
Entre julho e agosto, a seca deixou de ser registrada no Distrito Federal. É a primeira vez que o DF fica livre de seca desde fevereiro deste ano. O Distrito Federal, Paraná e Rio de Janeiro foram as únicas unidades da Federação livres de seca em agosto
A seca deixou de ser registrada no Distrito Federal entre julho e agosto, o que configurou a melhor condição do Brasil em agosto junto com o Rio de Janeiro e o Paraná
Espírito Santo
Entre julho e agosto, a área com seca no Espírito Santo teve uma redução de 83% para 22% de seu território. Esta é a menor área com o fenômeno no estado desde fevereiro de 2023, quando o Espírito Santo ficou livre de seca
Entre março e agosto, o Espírito Santo se manteve somente com seca fraca, a mais branda na escala do Monitor
Goiás
Redução da área com seca de 92% para 79% de Goiás entre julho e agosto. É a menor área com seca desde março deste ano (76%)
O fenômeno teve um abrandamento em Goiás entre julho e agosto, pois a área com seca grave diminuiu de 20% para 4% do território goiano no período. Esta é a condição mais branda de seca em Goiás desde sua entrada no Mapa do Monitor em junho de 2020
Maranhão
Entre julho e agosto, o Maranhão registrou aumento da área com seca de 40% para 54% de seu território. É a maior área com seca no estado desde novembro de 2021: 55%
Estabilidade do fenômeno no Maranhão com a permanência da seca moderada em 2% do território do estado entre abril e agosto
Mato Grosso
Estabilidade da área com seca em 86% de Mato Grosso entre julho e agosto. É a maior área com seca no estado desde novembro de 2022, quando houve seca em 92% do território mato-grossense. Também é o maior percentual de área com seca na região Centro-Oeste em agosto
Estabilidade da intensidade do fenômeno em Mato Grosso entre julho e agosto com a manutenção das áreas com seca extrema, grave, moderada e fraca . O MT teve a maior intensidade da seca entre todas as unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas em agosto
Mato Grosso do Sul
Leve aumento da área com seca de 12% para 14% de Mato Grosso do Sul entre julho e agosto. É a segunda menor área com seca em MS desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020
A severidade da seca se manteve estável em Mato Grosso do Sul entre junho e agosto com a permanência da seca moderada em cerca de 3% do estado. É a condição mais branda no estado desde julho de 2020
Minas Gerais
Entre julho e agosto, Minas Gerais registrou a redução da área com seca de 82% para 74% de seu território. É a menor área com seca desde abril de 2023, quando houve seca em 51%. Também é o maior percentual de área com seca entre os estados do Sudeste em agosto
O fenômeno se abrandou em Minas Gerais entre julho e agosto com a redução da seca moderada de 12% para 8% do estado. Esta é a menor severidade do fenômeno no estado desde abril deste ano. Também é a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em agosto
Pará
Aumento da área com seca de 48% para 59% do Pará entre julho e agosto. É a maior área com seca no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em abril deste ano
Entre julho e agosto, a seca se intensificou no Pará com o aumento da área com seca moderada de 9% para 12% do território paraense. Assim, o Pará registrou a condição mais severa do fenômeno no estado desde abril deste ano
Paraíba
Aumento da área com seca de 25% para 33% da Paraíba entre julho e agosto
Entre junho e julho, a Paraíba registrou a estabilidade da severidade da seca em seu território com a seca moderada registrada em 4% do estado. É a maior intensidade da seca na Paraíba desde novembro de 2022, quando 8% do estado passou por seca moderada
Paraná
Entre julho e agosto, o Paraná sem manteve livre de seca. O Distrito Federal, Paraná e Rio de Janeiro foram as únicas unidades da Federação livres de seca em agosto
Entre julho e agosto, o Paraná se manteve livre de seca
Pernambuco
Pernambuco registrou o aumento significativo da área com seca de 38% para 67% do estado entre julho e agosto. É a maior área com seca no estado desde maio de 2022, quando 71% de Pernambuco passou por seca
Pernambuco se manteve somente com registro de seca fraca entre fevereiro e agosto. Esta é a categoria mais branda do fenômeno na escala do Monitor
Piauí
Entre julho e agosto, a área com seca aumentou no Piauí, passando de 90% para 95% do estado. É a maior área com o fenômeno no estado desde novembro de 2018: 100%. Também é o maior percentual de área com seca do Brasil em agosto
A severidade da seca se manteve estável no Piauí entre abril e agosto, com seca moderada em 9% do estado e com o registro de seca fraca. Esta é a condição mais severa do fenômeno no estado desde dezembro de 2021, quando houve seca moderada em 26% do estado
Rio de Janeiro
Entre julho e agosto, a seca deixou de ser registrada no Rio de Janeiro. Esta é a primeira vez que o estado fica livre de seca desde fevereiro deste ano. O Distrito Federal, Paraná e Rio de Janeiro foram as únicas unidades da Federação livres de seca em agosto
Entre julho e agosto, o Estado do Rio de Janeiro passou a ficar livre de seca, assim como o Distrito Federal e o Paraná, que estão na melhor condição do Brasil em agosto
Rio Grande do Norte
Aumento da área com seca de 52% para 62% do Rio Grande do Norte entre julho e agosto. Esta é a maior área com o fenômeno no território potiguar desde os 90% registrados em março de 2022
Em termos de severidade, a seca se manteve estável no Rio Grande do Norte entre julho e agosto com o registro de seca moderada em 16% do território potiguar. Essa é a condição mais severa do fenômeno no estado desde abril de 2022, quando houve registro de seca grave em 6% do RN
Rio Grande do Sul
Redução da área com seca de 68% para 55% do Rio Grande do Sul entre julho e agosto. É a menor área com seca desde os 50% registrados em setembro de 2022. Apesar da melhora, o RS seguiu com o maior percentual de área com seca no Sul em agosto
Abrandamento do fenômeno no RS, entre julho e agosto, com a redução da área com seca moderada de 20% para 14% do estado. É a maior severidade do fenômeno no Sul em agosto
Rondônia
Aumento da área com seca de 49% para 54% de Rondônia entre julho e agosto
Entre julho e agosto, a seca teve uma intensificação em Rondônia com o avanço da seca grave de 3% para 7% do estado. É a condição mais severa do fenômeno em Rondônia desde junho deste ano, quando houve seca grave em 10% do estado
Santa Catarina
Redução da área com seca de 15% para 7% de Santa Catarina entre julho e agosto. É a menor área com seca no estado desde outubro de 2022, quando o estado ficou livre do fenômeno
Entre novembro e agosto, vem ocorrendo somente o registro de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor, em Santa Catarina
São Paulo
Estabilidade da área com seca em 9% do território paulista entre julho e agosto. É o menor percentual com seca em SP desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em novembro de 2020
Entre junho e agosto, a severidade do fenômeno se manteve estável em São Paulo com o registro somente de seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde novembro de 2020
Sergipe
Entre julho e agosto, a área com seca aumentou significativamente de 4% para 53% de Sergipe. É a maior área com seca no estado desde maio de 2022, quando Sergipe teve o fenômeno presente em 68% de seu território
Somente a categoria seca fraca foi registrada em Sergipe entre fevereiro e agosto, sendo essa a categoria mais branda na escala do Monitor
Tocantins
Leve redução da área com seca de 70% para 69% de Tocantins entre julho e agosto
A severidade do fenômeno se manteve estável em Tocantins entre julho e agosto
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá e Roraima ainda neste ano.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 24 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Por: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com edição da Agência Gov