Um grupo de 31 adolescentes, entre 12 e 14 anos, concluiu a primeira formação do Projeto Cavalos-Marinhos como guardiões da Laguna de Araruama. Durante três meses, eles participaram de aulas no Espaço Educativo Cavalos-Marinhos, no Rio de Janeiro, e realizaram um mergulho de monitoramento na praia dos Ubás, em Iguaba Grande.
A coordenadora Natalie Freret-Meurer explicou que o objetivo foi aproximar os jovens do ecossistema local, reforçando a importância de preservá-lo. Segundo ela, o cavalo-marinho funcionou como símbolo para estimular o sentimento de pertencimento e cuidado.
Com a formação concluída, os participantes passam a atuar como observadores do ambiente, acompanhando impactos positivos e negativos ao redor da laguna. A proposta é que adotem práticas sustentáveis e promovam a conscientização sobre a necessidade de um ambiente saudável para animais e moradores.
Entre as orientações, está a redução de resíduos e a importância de manter a laguna livre de lixo. A iniciativa também destacou que a captura de cavalo-marinho é proibida pela norma 455 do Ministério do Meio Ambiente e que apenas pesquisadores autorizados podem manusear o animal.
O projeto, que atua há 23 anos no estado com apoio do Programa Petrobras Socioambiental, também desenvolve ações sociais com mulheres caiçaras, incentivando a criação de biojoias feitas com materiais reaproveitados. Em paralelo, realiza atividades de educação ambiental, formação de professores e capacitação de guardas-parque.
A metodologia segue o conceito de “saúde única”, que considera a interdependência entre bem-estar humano, fauna e ambiente. O grupo acredita que promover conservação é essencial para garantir equilíbrio ecológico na região.
Em caso de avistamento de cavalo-marinho vivo, a recomendação é observar sem tocar e manter o animal no ambiente natural. Já exemplares mortos ou feridos podem ser comunicados ao projeto para análises e reabilitação, quando possível.
Crimes ambientais devem ser denunciados aos órgãos competentes do Meio Ambiente.
