Protesto critica entrada de policiais armados em escola de SP

Manifestantes foram às ruas em São Paulo após a presença de PMs armados dentro de uma escola infantil ganhar repercussão nacional.

Fonte: CenárioMT

Protesto critica entrada de policiais armados em escola de SP
Protesto critica entrada de policiais armados em escola de SP - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Entidades da educação, famílias e educadores se reuniram em São Paulo para protestar contra a entrada de policiais armados na Emei Antônio Bento.

A ação ocorreu após o pai de uma aluna chamar a polícia ao ver um desenho de um orixá feito pela filha durante atividade escolar.

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O grupo caminhou pelas ruas próximas à unidade, exibindo cartazes contra a violência no ambiente educacional e reforçando mensagens de respeito à diversidade. Representantes de sindicatos da educação participaram do ato, que também abordou a necessidade de fortalecer redes antirracistas e combater o machismo nas escolas.

Relatos de familiares apontam que, antes da chegada da polícia, o pai da estudante rasgou o desenho da filha, gerando desconforto entre as crianças. Segundo conselheiros da escola, os PMs chegaram a ameaçar prender a diretora, que contou com apoio imediato dos profissionais presentes.

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Estudantes e universitários classificaram a abordagem policial como desproporcional, destacando que manifestações de intolerância religiosa seguem ocorrendo dentro e fora das escolas.

O Ministério da Igualdade Racial confirmou que a atividade sobre orixás está alinhada às leis que determinam o ensino de história e cultura africana, afro-brasileira e indígena.

Entenda o caso

Quatro policiais militares entraram armados na unidade após a denúncia do pai, que alegou que a filha estaria sendo obrigada a participar de uma aula de religião. No dia anterior, ele já havia demonstrado descontentamento e retirado do mural o desenho feito pela criança.

Os policiais permaneceram na escola por mais de uma hora. Em nota, a diretora afirmou que a instituição segue um currículo antirracista e que se sentiu coagida pela equipe. A professora responsável registrou boletim de ocorrência por ameaça.

A Secretaria de Segurança Pública informou que a conduta dos PMs está sob apuração e que as imagens das câmeras corporais serão analisadas. A Secretaria Municipal de Educação reiterou que a atividade fazia parte de propostas pedagógicas previstas no Currículo da Cidade.

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Gabriela Cordeiro Revirth, independente jornalista e escritora, é uma pesquisadora apaixonada de astrologia, filmes, curiosidades. Ela escreve diariamente para o Portal de Notícias CenárioMT para partilhar as suas descobertas e orientar outras pessoas sobre esses assuntos. A autora está sempre à procura de novas descobertas para se manter atualizada. Envie sua sugestão para o e-mail [email protected]