O Ponto de Cultura Inês Ettiene foi lançado em Petrópolis no último domingo (30), com o objetivo de preservar a memória política e defender os direitos humanos no Brasil. O evento contou com a presença de pesquisadores, ativistas e familiares de desaparecidos da Casa da Morte, imóvel que serviu como centro de tortura e assassinato de opositores durante a ditadura militar.
O projeto visa fortalecer ações comunitárias que promovam reflexão, educação e resistência, inspirado na trajetória da ativista Inês Ettiene Romeu, única sobrevivente da Casa da Morte. Detida entre maio e agosto de 1971, ela denunciou posteriormente os crimes cometidos no local e faleceu em 2015.
O evento começou com um ato público em frente ao imóvel, onde o grupo solicitou a desapropriação da casa para transformá-la em espaço de memória.
Ponto de Cultura
“Participaram familiares de desaparecidos na Casa da Morte, alguns comprovadamente, outros com indícios. Acredita-se que o imóvel tenha sido um dos principais centros de assassinato de militantes políticos”, afirma Vera Vital Brasil, integrante do Ponto de Cultura Inês Ettiene.
Apesar de um processo de desapropriação ter sido iniciado e a prefeitura de Petrópolis ter recebido autorização da 4ª Vara Cível, a propriedade continua privada. O movimento busca transformar o local em centro de memória e arrecadar recursos para a aquisição da casa, atualmente de propriedade particular.
Ícone
Inês Ettiene é símbolo de resistência e sobrevivência, representando a luta contra os abusos da ditadura militar. O Ponto de Cultura que leva seu nome planeja atividades culturais, como exibição de filmes, música e outras ações que informem sobre esse período histórico.




















