Lula diz que pretende voltar para inaugurar mais casas populares em Mato Grosso

Fonte: DA REDAÇÃO

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Na manhã desta sexta-feira (3), o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva proferiu palavras durante a inauguração da segunda etapa do Residencial Celina Bezerra, que conta com 1440 apartamentos. Ele declarou esperar voltar a Rondonópolis.

A nova visita terá como objetivo a entrega da primeira etapa do empreendimento Celina Bezerra, que foi construído por meio do programa Minha Casa Minha Vida, financiado pelo Banco do Brasil. As obras do primeiro conjunto habitacional de 1152 apartamentos, estão paralisadas há anos e serão retomadas.

Contratado em julho de 2013, o residencial Celina Bezerra estava entre as 186 mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida – Faixa 1 não concluídas até janeiro de 2023.

“Nós vamos sim dar ordem de serviço agora em março para os dois. Se Deus quiser em 2024 a gente vai vir inaugurar…”, disse o presidente, ressaltando que o atual governo relançou o programa Minha Casa Minha Vida e estão sendo contratadas cerca de dois milhões de unidades habitacionais para o atendimento das  pessoas que ganham menos.

Afirmou ainda, em seu discurso de pouco mais de 15 minutos, que o governo pensa em criar um programa para atender os setores médios da sociedade, “porque as pessoas que ganham R$ 6 mil, R$ 5 mil, R$ 7 mil às vezes também não têm direito a ter uma casa. É preciso que a gente construa uma casa para que as pessoas de classe média baixa, para que os trabalhadores possam comprar”.

Lula também lembrou que o Residencial Celina Bezerra foi contratado durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff e só demorou a ser concluído em razão do “golpe” que foi dado para apeá-la do poder, sob a justificativa de que era necessário para o país crescer.

“Esse conjunto já era para ter acabado. Vocês se lembram do golpe que deram na presidenta Dilma para tirá-la do governo, vocês se lembram que inventaram uma coisa chamada ‘Ponte para o Futuro’… E eu vou dizer o que aconteceu: esse conjunto, que era para ter sido inaugurado em 2014, está sendo inaugurado em 2023, exatamente pelo presidente do PT, por quem começou a construir essa obra”, assinalou.

Clima de ódio

Ele lamentou ainda o clima de ódio que tomou conta do país. “Esse país deixou de ser o país da alegria, da verdade, do crescimento, de distribuição de renda para ser o país da mentira, do ódio, da provocação”, afirmou,

“Vocês viram o que aconteceu aqui em uma cidade próxima, em Sinop, quando um cidadão perdeu uma partida (de sinuca) e resolveu matar sete pessoas, sem nenhuma explicação. O país foi tomado pela violência porque a mentira e o ódio predominaram”, observou Lula.

Fraternidade

Ele destacou ainda que o seu compromisso ao voltar a ser presidente é de reconstruir a fraternidade entre os brasileiros. “O Brasil deixou de ser fraterno. Tenho o compromisso de reestabelecer a fraternidade neste país”.

Eleição acabou

Também destacou que as disputas eleitorais acabaram em novembro passado e que agora é hora de trabalhar pelo país e por todos os estados, independente de partidos e bandeiras. “Eu não quero saber de qual partido é o governador, eu quero saber que ele está eleito e precisamos trabalhar para que a vida melhore”, destacou o presidente.

Fome

Ele  citou ainda as cenas da “fila do osso” que ganharam o país, ocorrida, em Cuiabá, em 2021. “Mato Grosso tem os maiores criadores de gado, é um dos maiores produtores de grão do país e aparece uma mulher recebendo um osso para fazer sopa em casa. Não é explicável, no país que é o terceiro maior produtor de alimento do planeta, o maior produtor de proteína animal do mundo, ter 33 milhões de pessoas passando fome”, refletiu Lula.

Ele ressaltou ainda que o Brasil produz alimento suficiente para alimentar toda a sua população. “Por que as pessoas passam fome? Porque elas não têm dinheiro para comprar os alimentos necessários. Se tivessem, encontravam no supermercado”, disse.

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