O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve lançar o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) somente após a eventual aprovação das novas regras fiscais pela Câmara dos Deputados. O texto já foi validado pelo Senado e enfrenta impasse entre os deputados. O novo PAC, como tem sido chamado, vai reunir obras de áreas como infraestrutura, energia renovável, abastecimento de água, inclusão digital e sustentabilidade.
A ideia inicial do Executivo era lançar o novo PAC a partir de 2 de julho. Na última segunda (3), Lula foi à Bahia para anunciar a primeira obra do programa. Na ocasião, o presidente autorizou obras para um trecho entre Ilhéus e Ipiaú da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que vai ter 1.500 quilômetros de extensão ao todo. Foi investido R$ 1 bilhão para a construção.
encia em todos os investimentos. O partido de Lula defende o texto que já foi avaliado pelo Senado, cujas emendas ampliam a possibilidade de gastos com novas exceções à meta a partir da estimativa de inflação anual.
Não há ainda números fechados de quanto deve ser o investimento total do novo PAC, mas integrantes falam em cifras bilionárias. O programa foi lançado em 2007 por Lula e, até 2015, executou cerca de R$ 1,9 trilhão em obras pelo Brasil, segundo o partido do presidente. De acordo com o painel do Tribunal de Contas da União (TCU), o total de obras relativas ao programa é de 5.794. Destas, 2.760 estão paralisadas, cerca de 47,62%.
O valor total dos contratos vigentes, ainda segundo o órgão, é de R$ 62 bilhões, sendo R$ 14 bilhões de recursos investidos pela União. Maranhão é o estado com o maior número de obras paralisadas: 377. Na sequência, vêm Pará (301), Bahia (292) e Minas Gerais (265). Segundo o TCU, educação é a área mais atingida, com 2.240 canteiros parados. Em seguida, vêm saneamento (269) e transportes (68).
Além de ter obras paralisadas, o programa foi alvo de operações e de polêmicas. Entre as construções estava o que seria a maior refinaria de petróleo do mundo, a Premium 1, no Maranhão, ao custo de R$ 41 bilhões, que posteriormente foi descartada pela Petrobras. Na época, a medida causou revolta entre governadores, como Camilo Santana (na ocasião no comando do Ceará e hoje ministro da Educação).