A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de e Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis, encerrou o primeiro semestre deste ano com a apreensão de 820 quilos de entorpecentes e a prisão de 236 pessoas, entre flagrantes e cumprimentos de mandados judiciais decorrentes de operações. A unidade também instaurou 417 inquéritos policiais sobre investigações de crimes patrimoniais, tráfico e associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e estelionato.
O resultado do trabalho da unidade especializada se reflete ainda em seis operações realizadas entre janeiro e junho, como a Vinculum, Carga Máxima fases 1 e 2, Tolerância Zero fases 1 e 2 e Narcos que tiveram como alvos, pessoas envolvidas em organização criminosa, roubo, tráfico de drogas, associação para o tráfico e tortura.
Durante as ações realizadas no semestre pela equipe da Derf de Rondonópolis foram apreendidos e recuperados 80 veículos e R$ 647 mil em dinheiro foram aprendidos ou bloqueados judicialmente.
A Derf concluiu 468 inquéritos e encaminhou à Justiça 155 representações por medidas como prisões, busca e apreensão, destruição de armas, drogas, entre outros.
O delegado titular da unidade, Santiago Rozendo Sanches, destaca que as equipes, mesmo com diversas restrições em função do coronavírus, se mantiveram atuantes no esforço de investigar e esclarecer os delitos atendidos pela Derf, especialmente o combate ao tráfico de drogas no município. “O esforço coletivo das equipes resultou em diversos crimes esclarecidos e com os criminosos responsabilizados. Tivemos ainda uma apreensão expressiva de entorpecentes, entre elas a mais recente, com a interceptação de 398 tabletes de maconha, que um casal trazia de Ponta Porã para Rondonópolis”, explicou o delegado.
Operações
A Operação Carga Máxima, deflagrada em maio deste ano investigou uma associação criminosa envolvida com roubos, furtos e adulteração de cargas de grãos na região sul do estado. Onze pessoas foram presas, entre elas o homem investigado por liderar o grupo criminoso. Durante as investigações, a equipe da DERF chegou à identificação de todos os envolvidos e a atuação de cada membro do grupo, desde aqueles que realizavam o roubo da carga, transporte, descarregamento, entre outras fases, até a última etapa, que era a adulteração do grão.
A associação criminosa possuía um forte esquema montado, contando com contabilidade, transferências e recrutamento de motoristas e ajudantes.
Deflagrada também em maio deste ano, a Operação Vinculum cumpriu 20 mandados judiciais de ´prisão e de busca e apreensão contra alvos investigados pelos crimes de organização criminosa roubo, tráfico de drogas, associação para o tráfico e tortura. A investigação teve início no ano passado e apurou a organização criminosa formada por detentos reclusos em unidades prisionais de Mato Grosso, além de outras pessoas que circulam livremente em Rondonópolis, se aproveitavam do poder auferido pela facção criminosa para praticarem o tráfico de drogas, roubos, entre outros.
Entre os crimes cometidos pela organização destacam-se os roubos ocorridos em 19 de fevereiro do ano passado, quando criminosos invadiram uma residência no Jardim Pioneiros, renderam os moradores e roubaram um Toyota Corola, aparelhos telefônicos, televisão e outros objetos. Em outra ocorrência, o grupo investigado rendeu uma família na Vila Aurora e roubou três veículos de luxo. Um dos criminosos cometeu abuso sexual contra uma das vítimas durante a execução do roubo. Em ambos os crimes, os autores agiam com extrema violência e uso de armas de fogo.
A Delegacia de Roubos e Furtos de Rondonópolis apurou também que a facção criminosa proibiu a realização de um show na cidade, que estava marcado para fevereiro de 2020. O músico MC Lan era oriundo de São Paulo e por seu estado de origem foi ligado a uma facção criminosa rival, fato, inclusive, amplamente divulgado na imprensa.
Incineração de drogas
No primeiro semestre do ano, a delegacia incinerou 1,5 tonelada de entorpecentes aprendidos pelas forças de segurança do município, no período entre dezembro do ano passado e início de junho deste ano.
O entorpecente é liberado para incineração após realização de perícia oficial e autorização judicial. A quantidade de droga incinerada em um armazém de soja possibilitou a secagem de aproximadamente 300 mil toneladas do grão.