O papel do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como “Banco dos Brics”, será tema do debate da próxima quinta-feira (16), às 10h, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado. O convidado será Marcos Troyjo, presidente do NDB.
A reunião semipresencial, sob a presidência da senadora Kátia Abreu (PP-TO), terá foco nos investimentos e parcerias estratégicas que o banco pode viabilizar. O NDB foi criado em 2015 pelos países que compõem o grupo conhecido como Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). É um banco multilateral que fomenta o desenvolvimento dos chamados países “emergentes”.
Em 2020, o brasileiro Marcos Troyjo foi eleito para presidir o NDB por um mandato de cinco anos. Economista, cientista político e diplomata, Troyjo fundou e dirigiu o BRICLab, centro de estudos sobre os Brics na Universidade Columbia, nos Estados Unidos. Antes, foi secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia.
Em julho de 2020, o Senado aprovou a criação de um escritório do NDB no Brasil. A sede do banco fica em Xangai, na China.
Capital
Juntos, os Brics representam cerca de 42% da população, 23% do produto interno bruto, 30% do território e 18% do comércio do mundo inteiro.
Para a criação do banco, os países que compõem o Brics se comprometeram a integralizar, cada um, 20% de um capital de US$ 10 bilhões entre 2016 e 2022.
Nos três primeiros anos da instituição, foram aprovados quatro projetos brasileiros para as áreas de energia renovável, construção de estradas, reconstrução de rodovia férrea, esgotamento sanitário, telecomunicações e refinarias da Petrobras.