Inclusão em debate na rede estadual

Pais cobram apoio pedagógico contínuo para estudantes com deficiência na rede estadual.

Fonte: da Redação

Inclusão em debate na rede estadual
Inclusão em debate na rede estadual - Foto: ALMT

Como garantir apoio pedagógico desde o primeiro dia do ano letivo? Essa foi a pauta central da audiência que discutiu a oferta de profissionais especializados para estudantes com deficiência na rede estadual de Mato Grosso.

Famílias pedem continuidade no atendimento

Responsáveis por crianças autistas e com outras deficiências relataram atrasos recorrentes na contratação de professores de apoio pedagógico especializado (PAPE). Segundo dados apresentados, cerca de 2.900 estudantes dependem desse suporte, mas o quadro atual reúne apenas 898 profissionais efetivos e 1.389 interinos, ainda sem definição para 2026.

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Relatos apontam que muitos alunos iniciam as aulas sem acompanhamento por meses, comprometendo o desenvolvimento educacional e emocional. Pais reforçaram que a continuidade do profissional que já criou vínculo com o estudante é essencial.

Atribuição e prazos em discussão

Durante a audiência, foi informado que os contratos vigentes serão encerrados em dezembro, e a nova atribuição de interinos está prevista para janeiro, após a distribuição dos pedagogos efetivos que retornarão à rede estadual. Famílias, porém, contestam o calendário, afirmando que atrasos se repetem todos os anos.

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Profissionais da educação especial presentes ressaltaram a necessidade de formação adequada para atuar com alunos neurodivergentes, destacando que muitos pedagogos efetivos não possuem especialização na área.

Defesas e propostas

  • Garantia de início imediato dos PAPEs no ano letivo;
  • Valorização de profissionais com experiência em educação especial;
  • Criação de um canal institucional para denúncias relacionadas ao atendimento;
  • Previsibilidade na atribuição e nos contratos.

Representantes do setor público reforçaram que a educação deve assegurar equidade e acesso a todos os estudantes. Já entidades da sociedade civil defenderam mecanismos de transparência e respostas mais rápidas às famílias.

Inclusão educacional e atendimento especializado foram destacados como pilares para garantir o direito ao aprendizado de crianças atípicas. O tema permanece em análise e deve voltar à pauta na próxima atribuição de profissionais.

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Criador de conteúdo especializado em jogos, tecnologia e notícias de Mato Grosso, é redator no CenárioMT e atua também como analista de TI. Desenvolve projetos de game design no tempo livre. Contato para pautas sobre Mato Grosso: [email protected]