Destruição Alarmante
Mato Grosso registrou a maior área queimada, com 6,7 milhões de hectares destruídos, representando um quarto do total nacional. O Pará e Tocantins aparecem em seguida, com 6,1 milhões e 2,7 milhões de hectares queimados, respectivamente. Juntos, esses estados somam 56% da área afetada pelas chamas em 2024.
Ao todo, o Brasil perdeu 27,6 milhões de hectares para o fogo, o equivalente a um estado do Tocantins, com uma devastação 119% maior do que no mesmo período de 2023.
Impactos nos Biomas
A Amazônia foi o bioma mais afetado, concentrando 55% das queimadas, ou 15,1 milhões de hectares. Em segundo lugar, o Cerrado registrou 9,4 milhões de hectares queimados, sendo 85% em áreas de vegetação nativa – um aumento de 97% em relação ao ano passado.
O Pantanal sofreu um aumento impressionante de 1.017% na área devastada, com 1,8 milhão de hectares consumidos, um acréscimo de 1,6 milhão em comparação com 2023.
Queimadas em Pastagens
O fogo também afetou pastagens em larga escala. Mato Grosso foi o segundo estado mais impactado, com 974.773 hectares queimados, ou 17% do total nacional. O Pará lidera, com 2,1 milhões de hectares destruídos (38%), seguido pelo Amazonas, com 842.905 hectares (15%). Juntos, esses estados representam mais de 70% das queimadas em áreas de pastagem no Brasil.
Aumento de Focos de Calor
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 50.009 focos de calor em Mato Grosso até novembro, um aumento de 146% em relação ao mesmo período de 2023. Cáceres e Colniza foram os municípios mais afetados, com 2.820 e 2.680 focos, respectivamente.
Medidas de Controle
Para conter as queimadas, o Governo de Mato Grosso ampliou os prazos do período proibitivo de uso do fogo em 2024. Na Amazônia e no Cerrado, o uso do fogo segue proibido até 30 de novembro, enquanto no Pantanal a restrição vai até 31 de dezembro.
Conclusão: O avanço das queimadas exige esforços urgentes para preservação ambiental e adoção de práticas sustentáveis. A situação crítica em 2024 ressalta a necessidade de políticas mais rígidas e maior conscientização para proteger os biomas brasileiros.