Acordo de cooperação fortalece Inclusão digital e mecanização da agricultura em assentamentos rurais

Fonte: Assessoria

Embrapa, empresa chinesa, MDA e cooperativa da agricultura familiar assinam acordo de cooperação Foto: Maria Clara Guaraldo

Embrapa, Sinomach Digital Technology Corporation – empresa chinesa de tecnologia, e União de Cooperativas da Reforma Agrária Popular do Brasil (Unicrab) celebraram nesta, terça-feira (25), um acordo de cooperação para a criação de centros de serviços inteligentes para transferência de tecnologia e formação continuada com foco na agricultura familiar. O projeto-piloto de coleta para dois assentamentos rurais localizados na região de Londrina (PR). O acordo de cooperação terá validade de 2025 a 2030.

Participaram do evento de formalização da parceria a presidente Silvia Massruhá, a diretora de Inovação da Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Vivian Libório Almeida, o presidente do conselho da Sinomach Digital, Wang Yuhang, o presidente da Unicrab, Diego Moreira e a representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Glaucia Back.

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Participaram também da assinatura, na modalidade online, os chefes da Embrapa Agricultura Digital, Stanley Oliveira, da Embrapa Instrumentação, José Marconcini, e da Embrapa Agrobiologia, Cristiane Amâncio.

A Unicrab reúne mais de 200 cooperativas de reforma agrária e já tem parceria com a Sinomach para produção de tratores adaptados à agricultura familiar em Maricá (RJ) e outros tipos de equipamentos e maquinários para assentamentos dos municípios de Açailândia (MA), Teixeira de Freitas (BA), Mossoró (RN) e Fortaleza (CE). Com a Embrapa, a parceria visa a capacitação de agricultores familiares no uso de ferramentas digitais a partir do projeto Semear Digital.

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Este acordo traz oportunidades para que as tecnologias digitais cheguem aos assentamentos para contribuir com o desenvolvimento rural, fortalecendo uma produção sustentável, e contribuindo para a obtenção de selos de sustentabilidade. “Vamos trabalhar com a metodologia do Semear Digital que visa a criação de distritos agrotecnológicos no Brasil”, afirmou o presidente, lembrando que já existem dez distritos agro digitais no âmbito do projeto Semear Digital.

O projeto Semear Digital da Embrapa, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), atua com modelo de inovação aberta e foi apresentado em palestra ao público da COP30, que conheceu a iniciativa com meliponicultura que associa conectividade e questões do bioma Amazônia.

“No centro dos desafios globais, a atividade agropecuária e as tecnologias digitais são decisivas entre segmentos responsáveis ​​pela produção de alimentos que permanecem à margem dessa transformação. A constatação fez nascer o Semear Digital direcionado à superação da desigualdade no setor agrícola por meio de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D&I) em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)”, resgatou a presidente Silvia.

O projeto Semear Digital, além do objetivo de aumentar a produção e a produtividade de pequenos e médios agricultores, também contribui para promover a sucessão rural, capacitando jovens e mulheres em tecnologias emergentes.

O presidente do Conselho da Sinomach Digital Technology Corporation explicou que o acordo garante o futuro das colaborações nessa modalidade, trabalhando com governos locais. Especialmente na China a empresa impulsiona laboratórios de pesquisas sobre como melhorar o desenvolvimento de parcerias entre Brasil e China. “Este laboratório reúne as parcerias dos ministérios da Ciência e Tecnologia do Brasil e da China e universidades chinesas”, explicou Wang Yuhang.

Para ele, a Embrapa tem reputação internacional e comissão, o que garante a compensação aos projetos de digitalização e mecanização da agricultura familiar. “Nossa empresa tem foco no desenvolvimento da agricultura a partir da construção de laboratórios que trabalham com inteligência artificial e digitalização no campo”, complementou o CEO chinês.

Diego Moreira explicou que os acordos de cooperação com o governo da China e com o MDA vêm trazendo oportunidades de desenvolvimento de soluções para gargalos da agricultura familiar. “Já atuamos com uma parceria com a China há 10 anos, com equipes da Unicrab participando de trabalhos naquele país. Atualmente, trouxemos um conjunto de 50 máquinas chinesas que estão sendo testadas, em parceria com a UnB e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Já o acordo firmado com a Embrapa fortalece nosso trabalho e traz novos componentes como o uso da IA ​​e de bioinsumos na agricultura familiar, pois a Embrapa possui habilidades neste campo”, afirma Moreira.

De acordo com Moreira, ao implementar a inteligência e digitalização será possível avançar no processo de mecanização, rastreabilidade, sustentabilidade e segurança alimentar. São 500 famílias envolvidas em 2 territórios de produção. “Estamos buscando sustentabilidade e segurança alimentar nos territórios e ter a Embrapa com missão faz toda a diferença”, conclui Moreira.

A estratégia faz parte do Programa Nacional de Inovação para a Agricultura Familiar e Agroecologia do MDA que tem uma interface com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos e acesso a partir do crédito rural.

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Jornalista formado (DRT 0001781-MT), atua no CenárioMT na produção de conteúdos sobre política, economia, esportes e temas do agronegócio em Mato Grosso. Com experiência consolidada na redação e apuração regional, busca entregar informação clara e contextualizada ao leitor. Aberto a pautas e sugestões. Contato: [email protected] .