A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se emocionou em Brasília ao recordar a trajetória da irmã, Marielle Franco, durante encontro com ativistas na véspera da Marcha das Mulheres Negras. A vereadora foi assassinada em 2018, no Rio de Janeiro.
Em conversa com jornalistas, Anielle afirmou que a mobilização se tornou um símbolo de resistência coletiva e confirmou a presença de delegações estrangeiras. Ela ressaltou que o ato reúne mulheres que enfrentam diariamente diversas formas de opressão e que a marcha também celebra a memória de lideranças que perderam a vida na luta social.
A ministra destacou que temas como segurança pública fazem parte das principais demandas, citando as mortes registradas durante operações policiais no Rio de Janeiro e a dor de mães afetadas por esses episódios. Além disso, apontou que educação, saúde, cultura e lazer integram a pauta das manifestantes.
No mesmo evento, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abordou o conceito de racismo ambiental, enfatizando que comunidades negras e indígenas são as mais afetadas pelos efeitos das mudanças climáticas. Segundo ela, são grupos expostos a infraestrutura precária e aos impactos mais graves das alterações no clima.
Marina também defendeu maior acesso ao empreendedorismo para mulheres negras e criticou as barreiras que ainda impedem essas trabalhadoras de ocupar postos de liderança no setor público e privado.
Entre as participantes está Pamella de Jesus, 32 anos, operadora de telemarketing e sindicalista que viajou de São Paulo para Brasília. Ela relatou que a categoria, composta majoritariamente por mulheres negras, enfrenta jornadas extensas, metas difíceis e vulnerabilidade a assédios no ambiente de trabalho. Pamella, mãe solo, reforçou a importância da marcha como espaço de reivindicação e citou a ampliação da licença maternidade para 180 dias como avanço recente.






















