A crise hídrica em Mato Grosso e outros estados do Brasil se agrava a cada dia. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) acaba de declarar situação de escassez hídrica crítica no trecho do Rio Xingu.
A medida, aprovada na última segunda-feira (30), visa garantir a segurança hídrica da região e minimizar os impactos da seca sobre a população e os diversos usos da água.
A decisão da ANA se baseia em dados que apontam uma redução significativa nas chuvas na bacia do Xingu nos últimos meses, com níveis de água abaixo da média histórica.
A situação é tão grave que alguns trechos do rio estão vivenciando uma seca que, segundo estudos, deveria ocorrer apenas uma vez a cada cem anos.
Impactos em Mato Grosso e Pará
A escassez hídrica no Xingu afeta diretamente a vida de milhares de pessoas em Mato Grosso e Pará, incluindo comunidades indígenas, agricultores e grandes produtores. A redução do nível dos rios impacta a navegação, a pesca, a geração de energia e o abastecimento de água para consumo humano e atividades econômicas.
O problema não se restringe ao Xingu. Neste ano, a ANA já declarou situação de escassez hídrica crítica em outras importantes bacias hidrográficas brasileiras, como a do Paraguai, a do Madeira e a do Tapajós.
A seca prolongada e a redução das chuvas têm causado impactos significativos em todo o país.
Aumento da tarifa de energia
O agravamento da seca também tem reflexos na conta de luz dos brasileiros. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aumentou a bandeira tarifária para o patamar 2, o que significa uma cobrança extra para os consumidores devido à necessidade de aumentar a geração de energia em usinas térmicas, mais caras.
Medidas para enfrentar a crise
Diante da gravidade da situação, a ANA e outros órgãos governamentais estão adotando medidas para enfrentar a crise hídrica, como a implementação de planos de contingência, a restrição do uso da água em algumas atividades e a busca por soluções de longo prazo para garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos.