A Amazon, concorrente da Apple, está trabalhando em uma reformulação completa de sua assistente virtual Alexa, e a nova versão pode custar até R$ 50 por mês, de acordo com reportagem da Reuters. A próxima geração da Alexa contará com inteligência artificial generativa capaz de manter conversas fluidas, e a Amazon planeja oferecer o serviço em duas modalidades.
Haverá uma opção gratuita e uma premium, com preço inicial de R$ 25, podendo chegar a R$ 50 (preço baseado no valor do dólar atual). A assinatura anual do Amazon Prime (R$ 149) não incluirá a Alexa premium.
Há quase uma década a Alexa não recebe atualizações significativas, ficando para trás de outros produtos de IA que utilizam modelos de linguagem avançados. Atualmente, a Alexa é gratuita e vem integrada aos dispositivos da Amazon, não gerando lucro direto para a empresa. Alguns funcionários que conversaram com a Reuters classificaram a reformulação como uma “tentativa desesperada” de revitalizar a assistente, e executivos da Amazon destacaram a importância de a Alexa demonstrar capacidade de gerar “vendas significativas”.
Embora a Alexa seja um dos nomes mais reconhecidos no mundo da inteligência artificial e esteja presente em milhões de lares, a assistente virtual da Amazon ainda não gera lucro direto para a empresa.
Por quê?
- Modelo de negócio atual: A Alexa é gratuita e vem integrada a diversos dispositivos da Amazon, como Echo, Fire TV e smartphones. Isso significa que a Amazon não cobra diretamente pelo uso da assistente.
- Foco na coleta de dados: O principal objetivo da Alexa, no momento, é coletar dados sobre os hábitos e preferências dos usuários. Esses dados são valiosíssimos para a Amazon, pois permitem direcionar anúncios personalizados e aprimorar seus produtos e serviços.
- Potencial para monetização futura: Apesar de não gerar lucro direto no momento, a Alexa tem um grande potencial para ser monetizada no futuro. A Amazon pode, por exemplo, cobrar por serviços premium, como acesso a recursos exclusivos da assistente ou integração com serviços de terceiros.
A reformulação da Alexa:
Em um esforço para tornar a Alexa mais lucrativa, a Amazon está trabalhando em uma reformulação completa da assistente. A nova versão, chamada internamente de “Remarkable Alexa” (Alexa Extraordinária), contará com inteligência artificial generativa capaz de manter conversas fluidas e realizar tarefas mais complexas, como:
- Criar e-mails
- Fornecer recomendações de compra
- Pedir delivery
- Controlar dispositivos inteligentes residenciais de forma mais intuitiva e automatizada
Possíveis modelos de assinatura:
A Amazon ainda não definiu como irá monetizar a nova versão da Alexa, mas algumas possibilidades incluem:
- Assinatura mensal: A opção mais simples seria cobrar um valor fixo por mês para acessar a versão premium da Alexa.
- Microtransações: A Amazon poderia cobrar por serviços específicos dentro da Alexa, como acesso a recursos exclusivos ou integração com serviços de terceiros.
- Modelo freemium: A versão básica da Alexa poderia continuar gratuita, mas a versão premium ofereceria recursos adicionais mediante assinatura.
Desafios e oportunidades:
A reformulação da Alexa é um projeto ambicioso que pode trazer grandes benefícios para a Amazon, mas também apresenta alguns desafios:
- Competição: A Alexa enfrenta forte concorrência de outras assistentes virtuais, como Siri e Google Assistant.
- Custos de desenvolvimento: O desenvolvimento da nova versão da Alexa exigirá um investimento significativo em pesquisa e desenvolvimento.
- Aceitação do público: A Amazon precisa convencer os usuários de que a nova versão da Alexa vale a pena pagar.
A previsão é que a versão renovada da Alexa esteja pronta em agosto, chegando ao mercado ainda este ano. A Apple também trabalha em uma atualização similar para a Siri, integrando modelos de linguagem avançados, mas muitas das novas funções da Siri só serão lançadas em 2025.