A tão aguardada volta para casa da cápsula Starliner da Boeing enfrenta mais um adiamento. Embora a espaçonave tenha sido lançada com sucesso no dia 5 de junho, após semanas de adiamentos de última hora que se seguiram a quase uma década de espera, o retorno à Terra levará um pouco mais de tempo do que o planejado originalmente.
“A NASA e a Boeing agora estão visando o dia 22 de junho (sábado) como data mínima para o retorno da missão Boeing Crew Flight Test da Estação Espacial Internacional”, disse a NASA em um comunicado à imprensa na sexta-feira, o mesmo dia em que, segundo a CNBC, a missão deveria ter sido concluída.
O que impediu a Starliner de decolar
Vazamentos de hélio que poderiam ter afetado o sistema de propulsão da Starliner foram uma fonte inicial de preocupação. No entanto, a Boeing e a NASA determinaram que seria seguro lançar a cápsula apesar deles. Na segunda-feira, a NASA informou que estava avaliando o impacto de “cinco pequenos vazamentos” identificados após a chegada da nave à Estação Espacial Internacional.
“Temos uma oportunidade incrível de passar mais tempo na estação e realizar mais testes, o que fornece dados inestimáveis exclusivos da nossa posição”, disse Mark Nappi, vice-presidente da Boeing e gerente de programa do Programa de Tripulação Comercial, em um comunicado que acompanhou a notícia. “Como as equipes integradas da NASA e da Boeing vêm afirmando a cada passo, temos ampla margem e tempo na estação para maximizar a oportunidade de aprendizagem para todos os parceiros – incluindo a nossa tripulação.”
Uma coletiva de imprensa da Boeing e da NASA na terça-feira explicará com mais detalhes o plano de pouso da Starliner.
O impacto da decisão
Este novo atraso levanta questões sobre a confiabilidade da cápsula e a capacidade da Boeing de cumprir os prazos. Vale lembrar que o programa tripulado comercial da NASA, que inclui a Starliner e a cápsula Crew Dragon da SpaceX, foi criado para acabar com a dependência dos Estados Unidos da Rússia para lançar astronautas à Estação Espacial Internacional.
Apesar do otimismo expressado por Nappi, alguns especialistas aeroespaciais questionam se a extensão da missão é realmente necessária ou se é apenas uma forma de compensar o tempo perdido devido aos atrasos anteriores.
É importante ressaltar que a ocorrência de vazamentos, mesmo pequenos, não é um bom presságio para a integridade do sistema de propulsão da Starliner. A investigação completa desses vazamentos e a garantia de sua total correção serão fundamentais para restaurar a confiança na cápsula.
Enquanto isso, a tripulação da Estação Espacial Internacional precisa se adaptar a essa mudança de planos. É de se esperar que o tempo extra na estação seja usado produtivamente, realizando experimentos científicos adicionais e coletando dados valiosos.
A coletiva de imprensa marcada para terça-feira será crucial para entender as reais razões por trás do atraso e os planos concretos para garantir um retorno seguro da Starliner. O sucesso desta missão é vital para o futuro do programa tripulado comercial da NASA e para a independência dos Estados Unidos no acesso à Estação Espacial Internacional.
Conclusão
O pouso da cápsula Starliner da Boeing foi adiado para o dia 22 de junho devido a vazamentos de hélio. Essa nova prorrogação levanta questões sobre a confiabilidade da cápsula e a capacidade da Boeing de cumprir os prazos. É importante que a investigação dos vazamentos seja completa e que a correção seja garantida para restaurar a confiança na Starliner. A tripulação da Estação Espacial Internacional precisa se adaptar à mudança de planos, mas o tempo extra na estação pode ser usado produtivamente para realizar experimentos e coletar dados.
A coletiva de imprensa na terça-feira será crucial para entender as reais razões do atraso e os planos para garantir um retorno seguro da Starliner. O sucesso desta missão é vital para o futuro do programa espacial da NASA e para a independência dos Estados Unidos no acesso à Estação Espacial Internacional.