Um incrível flagrante da natureza mostra a cobra sucuri dando um rolê com o porco-do-mato, mas o rolê dá errado e a cobra acaba levando o porco para dar um mergulho no rio.(VÍDEO ABAIXO)
O flagrante foi feito pelo guia de turismo Célio Araújo (CLIQUE AQUI E ACOMPANHE O INSTAGRAM), nas águas do Rio Formoso, região do município de Bonito em Mato Grosso do Sul (MS).
Araújo relatou ao portal CenarioMT que estava seguindo pelo rio com um grupo de turistas, e ao perceber um macaco agitado em cima de uma árvore, se deparou com a sucuri predando o porco. o Flagrante aconteceu na quarta-feira – 18 de outubro de 2023.
“Eu estava subindo o rio, no horário mais ou menos das 14h. Próximo de um banhado, na parte de brejo, eu vi um vulto e um macaco agitado, aí coloquei o grupo na água e voltei. Quando eu voltei e passei por ela de novo, ela tinha enrolado no porco-do-mato, tinha matado ele”, relatou.
O guia acredita que a cobra sucuri que aparece no vídeo possa ter entre 4 a 5 metros.
“O animal é tímido, quando ele vê alguém ele vai fugir, isso é muito importante falar isso também, porque geralmente os turistas têm medo. O animal jamais vai atacar uma pessoa, se a pessoa não chegar lá e mexer com ela, tem que sempre manter distância“, descreveu o Célio.
O porco-do-mato, também conhecido queixada ou cateto, é um mamífero artiodáctilo (artiodactyla) da família dos taiaçuídeos (Tayassuidae) e gênero Tayassu.).
Queixada refere-se ao seu costume de bater fortemente o queixo, quando acuado.
Cobras sucuris
De habito semiaquático, as cobras sucuris (Eunectes) são endêmicas da América do sul e podem ser divididas em quatro espécies:
Eunectes notaeus, a sucuri-amarela, endêmica da zona do pantanal; eunectes murinus, a sucuri-verde, a maior e mais conhecida, ocorrendo em áreas alagadas da região do cerrado e da amazônia, sendo que, neste último bioma, os animais costumam alcançar tamanhos maiores; eunectes deschauenseei, a sucuri-malhada, ocorre na ilha de Marajó e na Guiana Francesa, bem como em algumas outras partes da Amazônia e Eunectes Eeniensis, a sucuri-da-bolívia.
Uma das principais características das cobras sucuris, além do tamanho que chama a atenção, é o dimorfismo sexual, ou seja, nas quatro espécies, as fêmeas são maiores que os machos.
Quando está no período de acasalamento, a sucuri libera feromônios para atrair machos para reprodução, o que pode resultar na aproximação de vários machos. A fêmea acaba por escolher apenas um para se reproduzir.
A troca de pele nas cobras sucuris é um processo biológico e necessário para o seu crescimento.
“A pele das cobras é coberta por escamas que são compostas de queratina, e elas realizam essa troca para poder expandir seu corpo”, explica Erika Hayashi, médica veterinária especializada em animais silvestres e pets exóticos, da clínica e hospedagem de animais silvestres, paraíso silvestre, na grande São Paulo (SP).
Essa troca de pele recebe o nome de ecdise, podendo ocorrer até cinco vezes no mesmo ano. São necessários alguns fatores para a ocorrência, como por exemplo: saúde e idade do animal, alimentação e condições do meio ambiente, como temperatura e umidade.
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