Sob a liderança do Brasil, Aliança Global contra a Fome ganha força

A Aliança prevê um acervo de políticas públicas bem-sucedidas em alguma parte do mundo

Fonte: AgênciaGov

Sob a liderança do Brasil, Aliança Global contra a Fome ganha força -
Sob a liderança do Brasil, Aliança Global contra a Fome ganha força -

Uma cesta de soluções exitosas de combate à fome e um sistema internacional de apoio à implementação dessas iniciativas nos países interessados. Essa é a ideia que embasa a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma proposta brasileira apresentada aos países do G20 e que deve ganhar corpo ainda este ano.

“Percebemos que as inúmeras iniciativas mundiais voltadas ao problema da fome sofriam de um problema: a dificuldade de implantação. Por isso, um comitê interministerial criou essa proposta que busca focar no como fazer acontecer”, conta o coordenador da força tarefa para o estabelecimento da Aliança Global contra a Fome, Renato Godinho, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Godinho apresentou a proposta no Encontro dos Líderes Mundiais da Pesquisa Agrícola do G20 ( MACS-G20 ) realizado entre os dias 15 e 17 de maio, em Brasília, e organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Ele conta que a iniciativa surgiu a partir do agravamento do problema da fome. “Isso não aconteceu somente no Brasil, a fome aumentou também no mundo nos últimos anos e atingiu 735 milhões de pessoas em 2022”, revelou. O número representa 9,2% da população mundial. Como comparação, em 2019, 7,9% das pessoas do planeta passavam fome. Uma parcela muito maior, 2,4 bilhões de pessoas, vivem sob insegurança alimentar, em algum grau, e 3,1 bilhões não conseguem manter uma dieta adequada.

O mecanismo proposto é bem prático, de acordo com o especialista. A Aliança prevê um acervo de políticas públicas bem-sucedidas em alguma parte do mundo. Os países então escolhem aquelas mais adequadas à sua realidade e solicitam a ajuda da Aliança à sua implementação. A iniciativa, então, colocará os demandantes em contato com os parceiros mais adequados para auxiliar em cada caso.

A Aliança contra a Fome contará com três pilares: um nacional, formando por cada país participante da iniciativa; um pilar financeiro, que reúne instituições provedoras de recursos para as ações e o pilar de conhecimento. “É nesse último pilar que entra a pesquisa científica agropecuária. Soluções tecnológicas voltadas a pequenos produtores rurais, por exemplo, podem fazer parte da cesta de políticas públicas voltadas a esse público,” detalha Godinho ao relatar que a sua participação no MACS tem o intuito de convidar as instituições de pesquisa do G20 a apoiar e participar dessa iniciativa.

A missão primordial da Aliança será apoiar e acelerar esforços para eliminar a fome e a pobreza extrema no mundo. O projeto prevê que isso seja feito por meio da redução das desigualdades e em consonância com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas ( ODS ). “Sabemos também que a maioria dos países que sofrem com a fome não estão no G20, por isso, almejamos que a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza seja uma instância independente, capaz de articular países e instituições e de atuar em diferentes fóruns mundiais,” declarou.

Godinho fez questão de frisar que a proposta não implica a geração de novos modelos e soluções. “Não queremos competir com modelos estabelecidos ou impor novo modelo de combate à fome. Em vez disso, queremos utilizar soluções já propostas e assertivas e ver como podemos implementá-las em outras regiões por meio de iniciativas específicas e personalizadas para cada país e cada situação”, detalhou.

No cronograma de criação da Aliança, está prevista uma reunião ministerial em julho próximo com uma declaração oficial, além do endosso do G20 à iniciativa. E até novembro, a força tarefa espera contar com a adesão dos apoiadores financeiros, de países interessados, ter uma estrutura de governança própria e apresentar as primeiras soluções na cesta de políticas públicas.

Rodrigo é um profissional altamente qualificado em Ciência da Computação formado pela Universidade de Cuiabá (UNIC), uma das principais instituições de ensino em Mato Grosso. Com sua paixão pela tecnologia desde cedo, ele conquistou uma sólida base em programação, algoritmos e análise de sistemas. Durante sua jornada acadêmica, Rodrigo se destacou não apenas por seu desempenho acadêmico excepcional, mas também por sua participação ativa em projetos de pesquisa e desenvolvimento. Sua habilidade em resolver desafios complexos e sua busca contínua por aprendizado fazem dele um profissional promissor na área de TI, sempre buscando inovação e excelência.