MinC participa de Caravana Brasil Sem Fome no Pará
A segunda edição da Caravana Brasil Sem Fome chegou ao Pará, na quinta-feira (18/4), com a presença de representantes de diferentes órgãos do Governo Federal, incluindo o Ministério da Cultura (MinC). O objetivo da ação é mobilizar os esforços dos entes federados e da sociedade civil para tirar o Brasil do Mapa da Fome. Na cerimônia de abertura, foi anunciado o investimento de quase R$ 700 milhões para o estado. São recursos para iniciativas de segurança alimentar, saúde, cultura, educação, direitos humanos, apoio à pesca e à agricultura familiar.
Coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a ação faz parte da estratégia de articulação do Plano Brasil Sem Fome (PBSF), composto por 80 ações e programas dos 24 ministérios que integram a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).
Representando o MinC, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, classificou a Caravana como uma importante iniciativa de integração de ministérios e de diálogo com as organizações da sociedade civil. “Estamos aqui para reforçar a articulação no território, para que tenhamos um sistema de segurança alimentar e nutricional mais fortalecido no nosso país. A participação da sociedade é fundamental, não somente para ser escutada em suas demandas, mas principalmente para indicar as soluções. É nesse campo que entra a Cultura, através do reconhecimento da potência dessas comunidades em contribuir para a inovação e a superação do atual quadro na região”, completou.
Durante a cerimônia realizada em Belém, a secretária destacou ainda as ações da Pasta voltadas ao estado do Pará e que se somam a outras inciativas do Governo Federal nas mais diversas áreas, como assistência social, saúde e educação, para atender a população local. Entre as ações mencionadas está a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que destina R$ 68 milhões para o estado e mais R$ 58 milhões aos municípios paraenses. Citou também a construção de dez CEUs da Cultura no estado, totalizando o investimento de R$ 20 milhões, e a seleção do Pontão de Cultura Estadual, que receberá R$ 450 mil para estimular a rede local de Pontos de Cultura. Após a solenidade, Márcia Rollemberg participou de um bate-papo com setor cultural.
O Pará é o segundo estado a receber a Caravana Brasil Sem Fome, que já passou por Alagoas, em novembro de 2023. A cerimônia de abertura contou com a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, além dos ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Márcios Macêdo, da Pesca e Aquicultura, André de Paula, do governador paraense, Helder Barbalho, e de secretários e gestores federais, estaduais e municipais.
Combate à fome Foto: Roberta Aline/ MDS
Ilha de Marajó
A Caravana segue até sábado, dia 20 de abril. Além das agendas em Belém, ocorrem atividades também em duas cidades da Ilha de Marajó: Salvaterra e Melgaço, com a presença de representantes de diversos ministérios, agendas que vão desde reuniões com a sociedade civil, atendimento e tira dúvidas para gestores e técnicos, cerimônias e assinaturas de parcerias, além de visitas a territórios quilombolas, comunidades e grupos tradicionais.
“A importância dessa agenda é exatamente a cultura fazer a discussão dos modos de vida, junto com os quilombolas, os ribeirinhos, os pescadores, para entender sobre as suas expressões, as suas manifestações culturais como forma de vida. Vincular esse sentido de pertencer ao desenvolvimento social e humano”, avaliou Tião Soares, diretor de Promoção das Culturas Populares do MinC, que chegou nesta quinta-feira à cidade de Melgaço para contribuir com a Caravana Brasil sem Fome.
Junto com o MDS, o MinC e o Governo do Pará, estavam no evento representantes dos ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, da Pesca e Aquicultura, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, dos Direitos Humanos e da Cidadania, das Mulheres, da Secretaria-Geral da Presidência da República e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).