Uma Super-Lua (e não superlua!) ocorre quando a Lua na fase cheia ou, na fase nova, está a, pelo menos, 90%, de sua aproximação máxima à Terra (perigeu). Quando a Super-Lua ocorre na fase cheia ela proporciona um belo espetáculo no céu, parece maior e mais brilhante, mas não tem uma importância maior para a astronomia.
Em horário internacional a Lua alcançará o perigeu no dia 26 de maio à 1h53 UTC (UTC é a coordenada de tempo universal) e entrará na fase cheia às 11h15 UTC desse dia. Portanto, em 26 de maio próximo teremos uma Super-Lua, que será a maior de 2021.
Porém, em nosso país o horário da passagem da Lua pelo perigeu acontecerá às 22h53 do dia 25 de maio no horário de Brasília, às 21h53 no de Mato Grosso, e às 20h53 no do Acre. Por sua vez a Lua entrará na fase cheia no dia 26 de maio às 8h15 no horário de Brasília, às 7h15 no de Mato Grosso, e às 6h15 no do Acre, todos os horários com variação de, mais ou menos, um minuto. De acordo com essas informações o melhor horário para observar a Super-Lua será na madrugada de 26 de maio, quando ela estiver próxima ao horizonte. Em alguns locais do Brasil nesse horário será possível também observar um eclipse parcial da Lua, o que fornece uma razão a mais para observá-la nessa madrugada.
Todavia, a Lua já estará esplendorosa ao se levantar no anoitecer do dia 25 de maio, e também, ao surgir no céu no entardecer de 26 de maio. Devido à ilusão de óptica a Lua parece, mas não é, maior quando está próxima ao solo. Esse é o momento ideal para observá-la e tirar fotos. Essa será a maior Super-Lua deste ano.
Nos Estados Unidos costumam dar nome a uma determinada Super-Lua dependendo do mês em que elas ocorrem. Por exemplo, a de abril eles denominam Super-Lua rosa; a de maio, Super-Lua flor; a de dezembro, Super-Lua fria, e a de fevereiro, Super-Lua neve, porque nesses meses é inverno no hemisfério norte. Só que, em dezembro e fevereiro estamos em pleno verão no Brasil e, por isso, não tem sentido ficar copiando o nome sazonal desse fenômeno em nosso país.
(Telma Cenira Couto da Silva, doutora em Astronomia pelo IAG -USP