A cidade de Lucas do Rio Verde, um dos polos agrícolas de Mato Grosso, está no centro das atenções com a expansão da Ferronorte, um projeto estratégico que promete transformar o escoamento de grãos da região. Segundo Pedro Palma, CEO da Rumo, a ferrovia já está em fase de implantação e, nos próximos cinco anos, deverá transportar uma quantidade significativa de carga para o Porto de Santos, aumentando ainda mais a capacidade de exportação do agronegócio mato-grossense.
A ampliação da Ferronorte, que terá terminais em pontos estratégicos a cada 150 ou 200 quilômetros, visa garantir que a crescente produção de grãos no estado seja escoada com eficiência. O primeiro terminal da extensão ferroviária já está sendo construído em Primavera do Leste, a 160 quilômetros de Rondonópolis, e a ferrovia seguirá até Lucas do Rio Verde, consolidando o município como um ponto crucial para o agronegócio.
O Porto de Santos, por sua vez, será ampliado para atender à nova demanda, com previsão de aumento de 10 milhões de toneladas na capacidade de carga. O foco da Rumo é garantir que o escoamento pelo porto paulista atenda principalmente o mercado do Sudeste Asiático, que consome 85% da produção brasileira de grãos. Palma ressalta que, apesar das propostas de escoamento por outros portos, a geografia favorece Santos como o principal ponto de exportação.
Além disso, investimentos na Malha Paulista e na Ferrovia Interna do Porto de Santos estão assegurados, garantindo que o aumento na produção agrícola de Mato Grosso chegue ao mercado internacional sem gargalos logísticos. A cidade de Lucas do Rio Verde, com sua crescente importância no cenário agrícola nacional, será um dos grandes beneficiados por essas melhorias, que viabilizarão o crescimento contínuo da produção e exportação de grãos na região.
Com a infraestrutura ferroviária e portuária em desenvolvimento, o futuro de Lucas do Rio Verde está diretamente ligado ao avanço do agronegócio brasileiro. A expansão da Ferronorte representa não apenas uma oportunidade de crescimento econômico local, mas também o fortalecimento da posição de Mato Grosso como líder na exportação de grãos.