Fato ou Fake sobre combustíveis; Confira as lendas mais conhecidas

Fonte: CenárioMT

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Existem muitos mitos quando o assunto é combustíveis, passados por gerações e gerações de motoristas. Porém, saber o que é fake e o que é fato pode até ajudar a economizar na hora do abastecimento. Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell, explica que “há algumas crenças que surgiram muitas décadas atrás e que realmente eram verídicas, mas a engenharia automotiva mudou muito, principalmente nos últimos anos. O avanço dos motores e as novas tecnologias melhoraram o desempenho dos veículos e acabaram com muitos mitos antigos”, explica. Pose desmistifica as lendas mais conhecidas e esclarece o que realmente vale quando o assunto é combustível.

Nos veículos flex, não é recomendado misturar etanol e gasolina. Precisa acabar com um tipo de combustível para poder trocar por outro

Fake — Os motores flex foram produzidos para receber etanol e gasolina independente da proporção dos combustíveis no tanque. “O sistema de injeção dos carros flex possui uma central eletrônica que identifica a proporção de etanol e gasolina no tanque e automaticamente faz a melhor regulagem da queima do combustível. Assim, o motor tem a eficiência de potência e de consumo ideal”, esclarece Pose. Vale lembrar que a gasolina brasileira tem 27% de etanol anidro em sua composição, ou seja, mesmo abastecendo com gasolina, há etanol no combustível.

Etanol causa falha na partida a frio

Fake… e fato — Nos carros mais antigos, a partida a frio com etanol pode ser mais difícil, sim. Em temperaturas abaixo de 17ºC, o etanol apresenta baixa formação de vapor, dificultando sua queima. “Se o motor falhar, não insista! Forçar pode encharcar as velas e danificá-las”, recomenda Pose. “Nestes casos, desligue e aguarde alguns instantes para que o vapor do combustível evapore”. Se mesmo com o reservatório de gasolina o motor falhar em dias frios, fique atento. Pode ser indicativo para um combustível de má qualidade ou algum problema no sistema que precisa ser checado. Nos veículos mais novos, esse problema não existe. Mais eficientes, alguns sistemas de injeção atuais dispensam o famoso tanquinho de gasolina. Para ligar o motor, basta aguardar as luzes da injeção eletrônica apagarem no painel.

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Tanquinho de partida a frio deve ser abastecido com gasolina aditivada

Verdade – O aditivo aumenta o período de resistência a oxidação, dando maior estabilidade aos combustíveis. Por ser usado com menos frequência, o ideal é que o tanque de partida a frio seja sempre abastecido com combustível aditivado. “Os aditivos retardam o envelhecimento da gasolina que, com o tempo, pode ficar mais densa devido a evaporação de frações leves e gerar falhas na partida do motor em dias mais frios”, explica Pose.

O primeiro abastecimento de um veículo flex 0Km deve ser com gasolina

Fake — ainda na montadora, os veículos novos passam por testes e são abastecidos com gasolina. No primeiro abastecimento com um combustível diferente, a central eletrônica do sistema de injeção precisa de alguns minutos para reconhecer o combustível e fazer as adaptações necessárias. O manual do proprietário recomenda que ao trocar o combustível, mantenha o carro ligado por cerca de 15 minutos para que a central eletrônica faça esse ajuste.

Em carros flex é preciso revezar o combustível

Fake — A central eletrônica dos veículos flex está preparada para adaptar o consumo do combustível automaticamente, garantindo a eficiência e o desempenho do motor. Abastecer apenas com gasolina ou apenas com etanol não ‘vicia’ o veículo. “Para o motorista, a grande vantagem do motor flex é a liberdade para optar pelo melhor custo-benefício na hora de abastecer. Se sua preferência for sempre etanol, não haverá nenhum dano ao motor”, tranquiliza Pose. “O interessante é avaliar abastecer com combustíveis aditivados sempre que possível, pois os aditivos ajudam a reduzir o acúmulo de detritos e possuem compostos que diminuem o atrito das peças do motor. Nos postos Shell, temos a família Shell V-Power de gasolina e etanol aditivados”.

Combustível aditivado “vicia” o motor

Fake – Quanto mais abastecer com combustível aditivado, melhor. O uso constante ajuda a limpar e manter o motor livre de resíduos, protege e lubrifica as partes internas em contato com o produto para que se movimentem mais suavemente, reduzindo o gasto de energia, além de auxiliar na sua performance e desempenho. Segundo Pose, “além dos benefícios a médio e longo prazo, no caso dos combustíveis aditivados da família Shell V-Power incluímos a tecnologia exclusiva Dynaflex, que possibilita ainda mais performance e rendimento, agindo em altas e baixas rotações do motor, seja no anda e para das cidades ou na fluidez das estradas”.

O que “suja” o motor é o lubrificante, não a gasolina

Verdade– Os lubrificantes, por melhores que sejam, são um dos principais responsáveis pela formação de resíduos que prejudicam o bom funcionamento do motor. Com o tempo, os vapores liberados naturalmente pelos lubrificantes depositam-se nas válvulas de admissão e na ponta dos bicos injetores, bloqueando a livre passagem de combustível e reduzindo o desempenho do veículo. O uso de combustíveis aditivados ajuda a limpar o acúmulo de sujeira. “Os aditivos possuem detergentes que dissolvem os resíduos e previnem a formação de novos depósitos. Sem acúmulo de resíduos, a passagem do combustível no interior do motor flui melhor e com um fluxo correto, refletindo em uma melhora na performance e desempenho dos veículos”, afirma Pose. Os aditivados também possuem dispersantes que fracionam os resíduos em partículas microscópicas,evitando bloqueio nos filtros de combustível.

Montadoras não recomendam combustíveis aditivados

Fake – A grande maioria das montadoras recomenda o abastecimento com combustíveis aditivados, especificado no manual do proprietário.

Gasolina aditivada é mais pura

Fake – O grau de pureza da gasolina não depende dos aditivos adicionados. O que define a qualidade da gasolina é o processo de refinamento. No Brasil, a maioria da gasolina vendida nos postos é refinada pela Petrobras ou importada. É nas refinarias que a gasolina comum é produzida e, consequentemente, onde o teor de pureza é definido. Depois, a gasolina é fornecida às distribuidoras, que se responsabilizam a misturar seus aditivos exclusivos. “Os aditivos não melhoram a pureza do combustível. Eles são compostos por detergentes, dispersantes e formadores de películas protetoras, que limpam e protegem o motor”, explica Pose.

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Colocar combustível aditivado em veículo que só usa comum causa falha no motor

Fake – As falhas acontecem por conta dos resíduos acumulados no motor, que dificultam o fluxo correto de combustível. Ao abastecer com produtos aditivados, é feita uma limpeza destes resíduos pelos detergentes presentes na fórmula. “Mas não se preocupe. Os dispersantes presentes nos combustíveis aditivados têm a função de ‘quebrar’ os resíduos que se desprendem do motor em partículas microscópicas, evitando que se acumulem nos filtros”, tranquiliza Pose.

Combustível aditivado aumenta a potência do motor

Fake – Os combustíveis aditivados limpam o sistema de injeção, válvulas e pistões, mantendo todo o motor com o fluxo correto de combustível, contribuindo para o desempenho e melhor performance. O que difere na potência é o número de octanagem do combustível. Enquanto os combustíveis aditivados têm o mesmo índice de octanas que os combustíveis comuns (no mínimo 93 octanas RON para a gasolina), os premium têm uma octanagem superior. Nos postos Shell, a gasolina de alto desempenho Shell V-Power Racing tem mínimo de 97 octanas RON, por exemplo.

“Mesmo os motores de baixa cilindrada ou flex podem ser abastecidos com combustível de alta octanagem. O diferencial de performance, porém, é mais perceptível em veículos com motores de alto desempenho”, avisa Pose. Se você está na dúvida se a gasolina premium é indicada para seu carro ou moto, consulte o manual do proprietário. “E abastecer o veículo com octanagens muito acima da aconselhada pelo fabricante não traz ganho de potência extra para o motor”.

Combustível aditivado não é recomendado para motos

Fake – Os motores de carros, motos e caminhões têm os mesmos benefícios ao usar combustíveis aditivados. “Todos os tipos de motor passam pelo mesmo processo de limpeza quando abastecidos com combustíveis aditivados, não há diferenciação”.

Todo combustível aditivado é igual

Fake – Cada distribuidora tem uma fórmula exclusiva dos aditivos adicionados aos combustíveis. “Além de limpar e proteger, os combustíveis aditivados da família Shell V-Power contam com um componente exclusivo, desenvolvido em parceria com a Scuderia Ferrari. A tecnologia Dynaflex traz mais performance e rendimento ao motor”, diz Pose.

Etanol já é puro, não precisa ser aditivado

Fake – A sujeira acumulada nas válvulas de admissão e nos bicos injetores não é exclusivamente culpa do combustível. O lubrificante que circula no motor, seja na forma líquida ou em vapor de óleo, é um dos principais responsáveis por esses resíduos. Por isso, o mais indicado para motoristas de veículos flex que preferem etanol é abastecer com a versão aditivada.

“Nos postos Shell, os motoristas podem encontrar Shell V-Power Etanol, formulado para oferecer uma capacidade extra de limpeza do sistema de alimentação de combustível, como bomba, injetores e válvulas. Componentes como o Friction Modification Technology (FMT) propiciam uma maior lubricidade às partes internas do motor, que entram em contato com o combustível, ajudando a manter as características de um motor novo por mais tempo. O produto une um combustível ‘verde’ com as propriedades dos aditivos que beneficiam o funcionamento dos automóveis”, indica Pose.

Abastecer com combustível aditivado só uma vez já é o suficiente

Fake – Um veículo frequentemente abastecido com combustível comum pode ter muito resíduo acumulado nas partes internas do motor. Para uma limpeza completa é preciso abastecer entre 4 e 5 tanques com combustível aditivado de qualidade. “O mais indicado é que o uso de combustíveis aditivados seja frequente pois, além de limpar, os aditivos evitam a formação de novos depósitos de resíduos”, sugere Pose.

 

 

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