O polêmico empresário Elon Musk acaba de sofrer um novo revés jurídico. Um ex-executivo da Twitter, agora X, conseguiu uma indenização de €550 mil (cerca de R$ 3 milhões) após ser demitido por não aceitar um “ultimato” enviado por e-mail.
A decisão foi tomada pela Comissão de Relações no Trabalho da Irlanda, que considerou a demissão de Gary Rooney, ex-executivo sênior da plataforma, como injusta. Rooney trabalhou na empresa por nove anos e se recusou a concordar com as novas condições impostas por Musk em novembro de 2022, logo após a aquisição do Twitter.
Na ocasião, Musk enviou um e-mail a todos os funcionários intitulado “Um Bifurcação no Caminho”. A mensagem impunha jornadas de trabalho “extremamente intensas” e “longas horas de alta pressão”. Para permanecer na empresa, os funcionários deveriam clicar em um link no e-mail confirmando seu compromisso. Aqueles que não o fizessem em 24 horas seriam demitidos com uma indenização de três meses de salário.
A comissão irlandesa considerou o prazo de 24 horas irrisório para uma decisão tão importante e que a exigência de um “clique” para confirmar a permanência na empresa era abusiva. Além disso, Rooney não tinha conhecimento prévio das condições de rescisão ao se recusar a clicar no link.
Este é apenas o mais recente caso de disputa legal envolvendo Musk e seus ex-funcionários. Recentemente, uma ex-funcionária da SpaceX entrou com uma ação acusando a empresa de discriminação de gênero e falhas em segurança básica.