A realidade virtual (VR) prometia revolucionar o mundo dos games, mas a aposta bilionária da Meta parece estar patinando. Apesar do investimento pesado, a tecnologia ainda não conquistou o grande público.
Jogadores decepcionados?
Diferente das previsões iniciais, a VR não decolou. A Sony reduziu o preço do Playstation VR2, mas não lançou novos jogos desde o lançamento do aparelho. A Nintendo fez uma tímida tentativa com um óculos de papelão e a Microsoft sequer entrou na brincadeira.
Para a Meta, o cenário é de prejuízos. A compra da Oculus VR, em 2014, foi apenas o começo. Só em 2024, a tentativa de tornar o Meta Quest um sucesso custou US$ 8,3 bilhões. Mesmo diante da falta de entusiasmo dos jogadores, Mark Zuckerberg parece inflexível. Desde o final de 2020, a Reality Labs (antiga Oculus VR) acumula perdas de cerca de US$ 50 bilhões, e os últimos resultados parecem ainda piores.
Metaverso: Sonho ou piada?
Apesar do fracasso comercial, a Meta insiste em seguir em frente. Investimentos em VR fora dos games viraram motivo de chacota, como a infame selfie de Zuckerberg em realidade virtual. O próprio conceito de Metaverso, um mundo virtual imersivo, está cada vez menos mencionado.
O problema está no capacete?
Talvez a VR não esteja pecando em conteúdo, mas em conforto. Os óculos, apesar de avanços como o Meta Quest 3 (que funciona sem conexão a outros dispositivos), ainda parecem incômodos. Ken Kutaragi, criador do Playstation, já havia resumido a questão em 2022: “Os capacetes são simplesmente irritantes”.
Usuários do Reddit compartilham a mesma opinião. “O equipamento é grande e desconfortável. Ninguém quer ficar com um balde na cabeça para jogar”, comentou um deles. Outro reforçou a ideia de que a VR com movimentação física dificilmente se tornará popular. “Na melhor das hipóteses, os capacetes VR substituirão o monitor tradicional, mas as pessoas ainda usarão controles e teclado/mouse para jogar”.
Será que a Meta conseguirá mudar o rumo da história, ou a realidade virtual ficará relegada a um nicho do mercado? Só o tempo dirá.