O que deveria ser uma missão de rotina para a Boeing virou uma verdadeira saga espacial. A cápsula Starliner, lançada há oito semanas com destino à Estação Espacial Internacional (ISS), enfrenta problemas técnicos que colocam em risco a segurança dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams.
Inicialmente prevista para durar apenas oito dias, a missão se estendeu indefinidamente devido a falhas nos propulsores e vazamentos de hélio. Apesar de a Boeing ter minimizado os problemas no início, a situação se agravou com o passar das semanas.
A preocupação principal agora recai sobre os propulsores de controle de reação, essenciais para a manobra de saída da ISS e a subsequente reentrada na atmosfera terrestre. Testes recentes realizados no solo e em órbita mostraram resultados promissores, mas ainda não há garantia de segurança.
Diante desse cenário, a possibilidade de trazer os astronautas de volta à Terra na cápsula Crew Dragon, da SpaceX, ganha força. Fontes ligadas à missão afirmam que essa opção é cada vez mais provável, embora a NASA ainda não tenha tomado uma decisão final.
A agência espacial está marcada para uma reunião de revisão de prontidão de voo na próxima semana, onde o futuro da Starliner deve ser definido. A SpaceX, por sua vez, já está desenvolvendo planos para acomodar os dois astronautas em uma de suas próximas missões tripuladas.
A decisão que a NASA terá que tomar é complexa. Optar pelo retorno na Starliner envolve riscos, mas um eventual fracasso da missão poderia ser um golpe devastador para a Boeing. Por outro lado, escolher a Crew Dragon pode significar o fim do programa Starliner, já que a empresa já investiu bilhões de dólares no desenvolvimento da cápsula.
Independentemente da escolha, o foco principal da NASA é garantir a segurança dos astronautas. O mundo acompanha de perto o desenrolar dessa história, que pode redefinir o futuro dos voos comerciais tripulados.