Cabos supercondutores da VEIR, spinoff do MIT, prometem 10x mais potência com menor impacto visual

Fonte: CenárioMT

Cabos supercondutores da VEIR, spinoff do MIT, prometem 10x mais potência com menor impacto visual

A distribuição de energia elétrica está prestes a ser revolucionada. Uma nova tecnologia surgiu em Woburn, Massachusetts, capaz de aumentar a eficiência energética sem prejudicar a harmonia visual.

A VEIR, startup cofundada pelo egresso do MIT Tim Heidel, é pioneira em transmissão de energia. Sua inovação utiliza cabos supercondutores e um sistema de refrigeração avançado para multiplicar a capacidade de transmissão de linhas convencionais por cinco a dez vezes.

Este avanço surge em um momento crítico, onde a demanda global por infraestrutura de transmissão reforçada é urgente para a integração de energias renováveis e a resiliência da rede elétrica.

A promessa de transmissão de energia aprimorada

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Cabos supercondutores da VEIR, spinoff do MIT, prometem 10x mais potência com menor impacto visual

A tecnologia da VEIR baseia-se em cabos supercondutores e um sistema de refrigeração inovador. Isso permite que suas linhas transportem inicialmente até 400 megawatts de potência, com planos para suportar ainda mais no futuro.

“Podemos implantar níveis de potência muito maiores em voltagens bem mais baixas. Assim, alcançamos a mesma alta potência, mas com uma pegada e impacto visual bem menos intrusivos, superando a oposição pública e as barreiras de licenciamento”, afirma Heidel.

Este marco não se resume apenas ao aumento da capacidade, mas também à superação de entraves regulatórios e da comunidade, que já barraram muitos projetos de transmissão no passado. Isso é especialmente relevante em regiões como América e Europa, onde novos sistemas de distribuição de energia são cruciais para integrar fontes renováveis e fortalecer a rede elétrica.

Superando os desafios da expansão da rede

A necessidade de ampliar a capacidade de transmissão é urgente. Com mais de 10.000 projetos de energia renovável buscando conexão à rede somente nos EUA, e metas ambiciosas de descarbonização estabelecidas para 2035, a demanda por uma infraestrutura energética robusta nunca foi tão alta.

Heidel ressalta que as formas tradicionais de aumentar a capacidade da rede elétrica muitas vezes falham por serem complexas e enfrentarem muita oposição.

“A construção de infraestrutura de transmissão de alta potência pode levar uma década ou mais, e há vários exemplos de projetos que tiveram que ser abandonados devido à grande oposição ou à complexidade excessiva para uma implementação economicamente viável”, acrescentou ele no comunicado à imprensa.

A abordagem da VEIR não só responde aos desafios técnicos do aumento da transmissão de energia, mas também visa simplificar o processo de implementação.

Liderando o futuro da distribuição de energia

Utilizando avanços em cabos supercondutores e sistemas de refrigeração inovadores, originalmente desenvolvidos em parte por Steve Ashworth do Laboratório Nacional de Los Alamos, a tecnologia da VEIR promete maior eficiência e confiabilidade na transmissão de eletricidade por longas distâncias.

A VEIR planeja lançar seu primeiro projeto piloto em larga escala até 2026. A empresa tem como público-alvo empresas de serviços públicos, data centers, instalações industriais e desenvolvedores de energia renovável. A linha de produtos inicial possui capacidades impressionantes, com transmissão de até 400 megawatts e tensões atingindo 69 quilovolts.

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As iterações futuras buscam escalar ainda mais, potencialmente integrando linhas de corrente contínua (CC) para maior eficiência.

Heidel mantém otimismo sobre as implicações mais amplas da tecnologia da VEIR, afirmando: “Praticamente todos os cenários de descarbonização… concluem que, para alcançar reduções agressivas de emissões de gases de efeito estufa, teremos que dobrar ou triplicar a escala das redes de energia em todo o mundo.”