A gigante tecnológica Amazon deu mais um passo importante em sua ambição de fornecer internet de banda larga via satélite para comunidades desatendidas em todo o mundo. A empresa obteve autorização regulatória em julho para adquirir um terreno de 500 metros quadrados na Nova Zelândia para o Projeto Kuiper.
De acordo com o Overseas Investment Office em Wellington, citado pela Bloomberg, a Amazon planeja instalar e operar equipamentos de telecomunicações no local para atender a seus clientes neozelandeses. O Projeto Kuiper é uma iniciativa da empresa para desenvolver uma grande constelação de satélites de banda larga que fornecerá um serviço de internet confiável e acessível. Esse projeto faz parte de um movimento mais amplo que envolve várias empresas planejando lançar constelações de satélites para oferecer cobertura global de internet de banda larga.
O Projeto Kuiper da Amazon tem como objetivo oferecer internet de banda larga a partir de uma constelação de mais de 3.000 satélites em órbita baixa da Terra, refletindo o Starlink de Elon Musk. Os termos financeiros da aquisição do terreno não foram divulgados. A empresa pretende lançar seus satélites antes do final de 2024 e iniciar os primeiros testes com clientes em 2025, com um serviço comercial a seguir ainda no mesmo ano. No entanto, desafios persistem em equilibrar acessibilidade e qualidade do serviço.
Em junho, o Projeto Kuiper da Amazon colaborou com a Vrio Corp, controladora da DIRECTV América Latina, para oferecer banda larga via satélite em sete países da América do Sul. Em agosto, a Amazon reportou um crescimento de 10% na receita do segundo trimestre, atingindo US$ 148 bilhões.
Amazon busca se consolidar como rival
Uma intensa competição entre o Projeto Kuiper da Amazon e o Starlink de Elon Musk no setor de internet via satélite está para começar, e isso é uma excelente notícia para os consumidores. Essa disputa acirrada, que busca oferecer o melhor serviço ao menor custo, pode impulsionar o setor e trazer diversos benefícios para o público em geral:
- Redução de preços: Com duas grandes empresas investindo pesado nesse mercado, a tendência é que os preços dos planos de internet via satélite se tornem mais competitivos, tornando essa tecnologia mais acessível a um público maior.
- Melhoria da qualidade do serviço: A busca pela excelência para superar o concorrente leva as empresas a investir em tecnologias mais avançadas, o que resulta em uma melhoria contínua na qualidade da conexão, com maior velocidade e menor latência.
- Expansão da cobertura: Para conquistar mais clientes, as empresas tendem a expandir suas redes de satélites, garantindo uma cobertura mais ampla e abrangendo regiões remotas que antes não tinham acesso à internet de qualidade.
- Inovação: A competição estimula a inovação, levando as empresas a desenvolverem novas funcionalidades e aplicações para a internet via satélite, como serviços de streaming de alta definição, jogos online e internet das coisas.
- Democratização do acesso à internet: Ao tornar a internet via satélite mais acessível e de melhor qualidade, essas empresas contribuem para a democratização do acesso à informação e para a inclusão digital de comunidades em todo o mundo.
A rivalidade entre a Amazon e a Starlink pode ser um motor de para o desenvolvimento de tecnologias de comunicação mais eficientes e acessíveis. O consumidor final será o grande beneficiado dessa disputa, tendo maiores oportunidades para preços mais baixos, serviços de melhor qualidade e uma cobertura de acesso à internet bem maior.