Ao falarmos de intolerância a glúten, associamos esta doença a sintomas digestivos: estômago inchado, diarreia, gases. Quando nos deparamos com este quadro clínico, os médicos podem começar a suspeitar da existência de doença celíaca.
Neste problema de saúde, é normal realizar uma análise de marcadores serológicos e confirmar o diagnóstico, se necessário, com uma biopsia intestinal. Mas o que acontece quando uma pessoa celíaca é assintomática ou apresenta sintomas não digestivos?
É algo que acontece em muitas ocasiões, o que pode fazer com que o diagnóstico seja adiado. É fundamental, por isso, que os profissionais reconheçam tanto os sintomas mais comuns da doença celíaca, digestivos, como aqueles que não são.
Por ser uma doença celíaca, significa que pode afetar qualquer parte do corpo, de base imunológica, causada pela ingestão de glúten e outras proteínas relacionadas que afeta indivíduos geneticamente suscetíveis. Ela é caracterizada pela presença de uma variedade de manifestações clínicas dependentes da ingestão de glúten, autoanticorpos circulantes específicos, haplótipos HLA e danos intestinais.
Quais são os mais comuns da intolerância a glúten?
Anemia ou deficiência de ferro, osteopenia, osteoporose, sintomas neurológicos/psiquiátricos como distúrbios da marcha ou depressão, dermatite herpetiforme, infertilidade, abortos prematuros ou elevação das transaminases.
Será que existem celíacos assintomáticos?
A apresentação clínica em adultos geralmente não é como o padrão clássico descrito na infância com diarreia e má absorção. Em alguns casos, eles podem ficar com sobrepeso e obesos. A doença ocorre com idade média de apresentação em torno de 40-45 anos. Em muitos casos, esta patologia já evoluiu de forma assintomática durante anos e, por vezes, os sintomas na infância não foram considerados suficientemente relevantes. Em outros casos, a doença permaneceu latente sem qualquer tipo de manifestação clínica até que ela aparecesse, sem motivo aparente ou após um fator ambiental precipitante.
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