Você sabe o que é a atrofia cortical posterior?

Fonte: CENÁRIOMT

Você sabe o que é a atrofia cortical posterior
Você sabe o que é a atrofia cortical posterior FOTO:PIXABAY

Você sabe o que é a atrofia cortical posterior? O cérebro continua a ser alvo de muitas pesquisas no campo da saúde, com o objetivo claro, entre outros, de decifrar seus mistérios e conseguir, por exemplo, uma melhor compreensão do surgimento e evolução de doenças neurodegenerativas.

Uma delas, menos conhecida e menos frequente que outras, é a chamada atrofia cortical posterior.

O que é atrofia cortical posterior?

É uma doença neurodegenerativa rara que se inicia com sintomas devido à disfunção das partes posteriores do cérebro, responsáveis ​​principalmente pelo processamento da informação visual.

Como se manifesta, quais são seus sintomas?

O sintoma mais específico dessa entidade é a “agnosia visual”, ou seja, a incapacidade de reconhecer objetos ou pessoas, apesar de a função visual estar preservada. Por exemplo, o paciente vê a filha, mas não a reconhece; No entanto, quando questionado sobre o nome de sua filha, ele responde corretamente.

A desorientação espacial também é comum, de modo que podem se perder em trajetos que antes eram fáceis, como ir ao supermercado ou ao cabeleireiro.

O que causa o aparecimento desse problema de saúde?

A atrofia cortical posterior é atualmente considerada uma das três formas possíveis de apresentação da doença de Alzheimer, embora seja a menos frequente. Conhecemos seus sintomas, suas características de neuroimagem e as proteínas patológicas envolvidas, mas ainda não sabemos por que ocorre.

Existem pessoas com maior risco de atrofia cortical posterior?

Por ser uma forma da doença de Alzheimer, seu risco é aumentado quando o paciente apresenta maior risco de doença de Alzheimer. Por exemplo, quando um dos pais estreou com a doença antes dos 65 anos, quando ambos os pais a sofreram (independentemente da idade de início), ou quando carregam um gene chamado APO-E do tipo E4:E4.

Como se chega ao diagnóstico deste tipo de doença neurológica?

O diagnóstico é clínico e radiológico. Do ponto de vista clínico, destaca-se a presença, entre outras, das já mencionadas agnosia visual e desorientação espacial, em paciente que inicialmente mantém memória, linguagem e raciocínio razoavelmente bem preservados. 

Do ponto de vista radiológico, observa-se uma lesão de áreas posteriores do cérebro (occipito-parietal e occipito-temporal) na ressonância magnética ou em outros exames de imagem.

Uma vez confirmado o diagnóstico, qual é o tratamento seguido pela pessoa afetada?

Por um lado, existe o tratamento farmacológico, que é o mesmo que usamos na doença de Alzheimer.

 Por outro lado, a reabilitação neurocognitiva guiada, ou seja, destinada a melhorar as funções cognitivas afetadas, seja diretamente ou através de associações com outras áreas mais respeitadas, como memória, audição… Por exemplo, distinguir um limão pelo cheiro.

Qual é o prognóstico para uma pessoa que sofre deste problema de saúde?

Por ser uma doença neurodegenerativa, seu curso é crônico-progressivo; embora a velocidade de progressão possa variar substancialmente de um paciente para outro por razões que não são bem conhecidas. Cabe-nos fazer um diagnóstico o mais precocemente possível de forma a iniciar o tratamento farmacológico e de neuroreabilitação o mais rapidamente possível.

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Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.