O Ministério da Saúde encerrou a sala de situação responsável pelo monitoramento de intoxicações por metanol, criada em outubro para acompanhar o avanço dos casos. A medida foi oficializada nesta segunda-feira (8), por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União.
Segundo a pasta, o último caso confirmado ocorreu em 26 de novembro, envolvendo um paciente que apresentou sintomas três dias antes. Para o ministério, a queda expressiva nas notificações e nos óbitos demonstra um cenário de estabilidade epidemiológica.
Com o encerramento, o acompanhamento das intoxicações volta ao fluxo tradicional do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). O governo afirma que todos os estados dispõem de antídotos suficientes e maior capacidade de diagnóstico.
Entenda
A sala foi criada em 1º de outubro, pouco após os primeiros registros de intoxicação por metanol. O alerta inicial surgiu em 26 de setembro, por meio do sistema de notificação rápida da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos.
O espaço reuniu representantes de órgãos como Anvisa, Fiocruz, Ebserh, Conselho Nacional de Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde, além dos ministérios da Agricultura e Pecuária e da Justiça e Segurança Pública.
Números
Durante o período de monitoramento ampliado, o governo enviou aos estados insumos essenciais, incluindo 1.500 ampolas de fomepizol e 4.806 unidades de etanol. A distribuição priorizou regiões com maior volume de casos e circulação de bebidas adulteradas.
Entre 26 de setembro e 5 de dezembro, foram registradas 890 notificações relacionadas à intoxicação por metanol. Desse total, 73 casos foram confirmados, 29 seguem em investigação e 788 foram descartados.
Os estados com mais registros foram São Paulo, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso, Bahia e Rio Grande do Sul. Ao todo, 22 mortes foram confirmadas, com maior concentração em São Paulo. Outros nove óbitos permanecem sob análise.






















