Passar a mão nos cabelos e sentir que junto vem alguns fios soltos pode soar como algo natural para muitas pessoas. No entanto, quando esses poucos fios também ficam no travesseiro, numa peça de roupa ou caídos discretamente por onde passamos; logo escutamos de alguém que deve ser falta de vitamina, estresse ou falta de tratamento nos fios.
No período pós-covid uma das maiores queixas de pacientes contaminados foi a perda excessiva de cabelo em um curto período. Mas o que de fato interfere na saúde capilar e quais as formas de prevenir a queda de cabelo?
O ser humano perde, em média, 100 fios por dia; e isso é natural, acredite. É o que explica a dermatologista e professora do curso de Medicina da Unic, Vivian Galindo.
“O cabelo se forma numa estrutura chamada folículo piloso. São inúmeros folículos que desencadeiam os fios de cabelo e pelos espalhados por nosso corpo. E esse fio de cabelo cresce em média 1centímetro por mês”, detalha a profissional.
A queda de cabelo é um dos principais incômodos no campo da aparência. Esse fenômeno fisiológico que faz parte do funcionamento do nosso corpo passa por diferentes estágios. A natureza dos fios passa por três processos: anágena, fase de crescimento; catágena, fase de transição; e telógena, fase de queda.
São vários os fatores que contribuem para essa diminuição de volume dos fios. Fatores hormonais, alimentação, estresse e química são alguns deles. Há também os fatores pontuais, como: pós-cirurgia, pós-parto, febre e infecções (como a covid), neoplasia e menopausa, por exemplo. Devido aos diversos fatores, a avaliação médica é essencial para tratar individualmente cada caso, obtendo resultado mais eficaz, que é determinado com base na causa dessa perda de cabelo.
Calvície, queda ou quebra do cabelo?
Além da queda, já mencionada, a palavra calvície é um fator de perda que assusta principalmente o público masculino. A alopecia androgenética, seu nome original, é considerada a forma mais comum de perda de cabelos entre os homens, atingindo grande parte população masculina acima dos 50 anos. Ela ocorre porque o fio passa a ficar cada vez mais fino e curto, até perdê-lo de vez. Isso ocorre por pré-disposição genética e ação de hormônios androgênicos nos folículos pilosos do couro cabeludo.
Já a quebra do cabelo pode acontecer após algum procedimento mais agressivo, como as químicas (luzes ou alisamentos), pois agem diretamente na fibra do fio.
Seja por questões genéticas ou fatores pontuais, a especialista menciona dicas valiosas quanto ao cuidado com a saúde dos fios:
Manter a frequência de higienização por meio da lavagem dos cabelos (para cabelos oleosos e suor excessivo no couro cabeludo pode lavar diariamente; cabelos secos pelo menos 2x por semana);
Massagear o couro cabeludo suavemente (e não esfregar os fios de cabelo);
Deixar de lavar os cabelos não faz diminuir queda;
Beber muita água para manter-se hidratado;
Praticar atividade física regular;
Manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes;
Dormir bem, para que o corpo tenha energia.
Procurar atendimento médico para analisar a causa da queda de cabelo e se há necessidade de reposição de vitaminas específicas, minerais ou regularização hormonal.
Por Camila Crepaldi