A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde tem concentrado esforços na implementação da tafenoquina e do teste G6PD para o tratamento da malária mais comum no Brasil (Plasmodium vivax) . Nesse cenário, o ministério já treinou, até o momento, 647 profissionais para realizar o tratamento, sendo 224 no DSEI Yanomami entre março e abril ; e 155 em Manaus em abril deste ano. Mais outros três treinamentos ocorreram em maio: 60 profissionais foram treinados em Macapá; 125 em Barcelos (AM); e 83 profissionais em Santa Isabel do Rio Negro (AM).
A implementação dos dois métodos representa um avanço importante do país, que tem como meta a eliminação da malária até 2035. A ação se iniciou na região amazônica, onde estão concentrados mais de 99% dos casos autóctones de malária no Brasil. De lá pra cá, a pasta tem realizado treinamentos nas áreas endêmicas do país, para atualizar profissionais de saúde e incentivar o uso dessa nova tecnologia.
A vantagem da tafenoquina é ser prescrita em dose única associada à cloroquina, como alternativa ao tratamento atual com primaquina por 7 dias, o que reduz o tempo de tratamento, aumenta a adesão e evita recaídas.
A medicação só pode ser administrada após realização de teste para identificar a atividade da enzima glicose-6-fosfato-desidrogease (G6PD). No momento, só deve ser usada por pacientes maiores de 16 anos de idade, acima de 35kg, não grávidas, não lactantes, com mais de 70% de atividade da enzima G6PD e em um caso considerado novo.
O cronograma do ministério prevê novas fases de expansão para que todo o país utilize o tratamento até o fim do primeiro semestre de 2026.