Envelhecer com saúde tem se tornado um objetivo cada vez mais presente na rotina das pessoas, em especial nas últimas décadas, em que pesquisas revelam que a população mundial tem atingido uma expectativa de vida cada vez maior.
Com o aumento da quantidade de pessoas com mais de 60 anos há uma demanda maior de atenção a esse grupo e a campanha Junho Violeta visa justamente sensibilizar a sociedade sobre a promoção e defesa da dignidade da pessoa idosa.
No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a expectativa de vida do brasileiro é de 76 anos. No entanto, estudos demonstram que, em condições ambientais ótimas e tendo comportamentos saudáveis, o tempo médio de vida pode chegar a 85 anos.
Mas, como envelhecer com saúde? A médica geriatra e professora da Unic, Mariana Carvalho, explica que envelhecer é um processo natural ao qual todos estão sujeitos, portanto, é preciso priorizar o bem-estar. “Manter-se ativo é um dos segredos para obter saúde na velhice. Tarefas diárias, responsabilidades e estar cercado de pessoas que fazem parte do círculo de amizade são grandes instrumentos para se ter saúde mental”, enfatiza.
O envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade. No Brasil, estima-se que existam, atualmente, cerca de 17,6 milhões de idosos. O que não se pode negar é que, mesmo com o aumento da expectativa de vida, os problemas enfrentados na velhice são grande empecilho, no mundo todo, para viver plenamente até o fim da vida. Questões sociais, econômicas e de saúde, entre outros, são dificultadores principalmente, quando falamos de países de baixa renda, como o Brasil.
Viver a terceira idade, é viver muitos anos nessa nova fase da vida e isso exige um preparo e que deve ser iniciado o quanto antes. “Começar novos hábitos de vida fará com que todos estejam mentalmente e fisicamente preparados para encarar da melhor forma possível os desafios que chegam com o avanço da idade”, explica a geriatra.
A partir dos 30 anos é natural que ocorra a perda de massa muscular e essa perda irá acentuando com o passar dos anos. Fazer exercício físico de forma adequada torna-se portanto, imprescindível. “Não basta fazer caminhada 2 vezes por semana e achar que está tudo bem. Precisamos praticar os exercícios certos voltados para os objetivos que queremos alcançar”, pontua a geriatra. De acordo com American Heart Association (AHA) e American College of Sports Medicine (ACSM), existe uma recomendação específica para idosos que deve incluir exercícios aeróbicos, de fortalecimento muscular, flexibilidade e equilíbrio.
A prática regular de exercício físico aliada a uma alimentação balanceada proporcionará maiores chances da pessoa viver com independência e autonomia após os 60 anos, o desejo de praticamente todos os idosos.
Na área da saúde, deve-se considerar o acompanhamento e controle de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. A especialista salienta que não fumar, ingerir pouca bebida alcoólica, fazer exames de rastreio indicados pelo médico e ter um profissional da saúde de confiança para fazer o gerenciamento do quadro clínico geral do idoso é indispensável.