A exposição à luz noturna artificial levaria a um metabolismo prejudicado, controle deficiente da glicose no sangue e aumento do risco de diabetes.
Os casos de diabetes no mundo aumentaram significativamente nas últimas décadas, o que levou acadêmicos, médicos e cientistas a continuar fazendo estudos e pesquisas para aprender mais sobre a doença, bem como descobrir os potenciais fatores de risco que iria detoná-lo.
Embora seja verdade que até agora se sabe que uma vida sedentária, uma má alimentação e outros problemas de saúde podem causar qualquer um dos seus tipos, um novo estudo descobriu uma nova ligação: a das luzes noturnas.
A descoberta, como era de se esperar, tem causado preocupação no meio comercial, já que postes de luz e outras formas de iluminação noturna são essenciais em todo o mundo e milhões de pessoas ficam expostas a elas todas as noites. Embora ainda faltem estudos que sustentem essa ligação com a doença, não se pode perder de vista que uma das principais hipóteses é que a exposição a esse tipo de luz causaria alterações no metabolismo, mau controle da glicemia e aumento do risco de diabetes.
O que se sabe sobre o novo estudo?
A descoberta foi relatada por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Jiaotong de Xangai, na China, por meio de uma publicação na revista Diabetology da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes . Para o estudo, 98.658 participantes com mais de 18 anos foram monitorados e a principal hipótese na análise dos dados é que “a exposição à luz artificial à noite (LAN) atrapalha o sistema de tempo circadiano e pode ser um fator de risco para diabetes ”.
A importância dessa relação é que cerca de 422 milhões de pessoas no mundo têm diabetes , além do fato de que se estima que pelo menos 80 por cento do mundo esteja exposto à poluição luminosa de postes de iluminação pública e outros tipos de iluminação noturna , é claro Esta percentagem tem vindo a aumentar nas últimas décadas e os casos desta doença também têm aumentado. Por outro lado, não surpreende que a ligação seja interessante, já que são múltiplos e variados os fatores de risco que causam a doença, inclusive os ambientais.
Agora, espera-se que essa descoberta seja uma forma de prevenção para a população , como explicou o principal autor do estudo, Yu Xu, ao Medical News Today: “Identificar fatores de risco não convencionais e novos para diabetes pode ajudar na prevenção”. Ele também explicou que outros fatores de risco ambientais e de impacto devido à sua exposição ganharam atenção significativa nos últimos anos; enquanto a luz noturna tem implicações importantes sobre o corpo e seu funcionamento.
Os efeitos da exposição noturna à luz no diabetes têm implicações para aqueles que vivem em sociedades modernas, onde a exposição à luz noturna interna e externa é comum e que a exposição contínua pode alterar o perfil de hormônios como a melatonina e corticosterona. Claro, não é a única coisa grave que causa no sistema, pois também destaca o vínculo que relacionaria a luz a essa condição.
Segundo o especialista, a exposição à luz artificial à noite pode alterar a expressão gênica em órgãos periféricos e no relógio circadiano, ou seja, as variáveis biológicas em intervalos regulares de tempo que as pessoas e todas as formas de vida possuem. As consequências em ambos os casos são alterações no metabolismo da glicose e, portanto, sua possível ligação com a doença.
Entretanto, o estudo comparou os resultados e daí o alerta para promover medidas de prevenção, uma vez que a população foi dividida em dois grupos, um deles com maior exposição à luz artificial durante a noite, que apresentou um risco 28 por cento superior de diabetes do que o grupo com menor exposição.
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